Destaques • atualizado em 20/10/2021 às 13:31

SES-GO alerta para a prevenção e combate do Aedes aegipty

Boletim aponta aumento de casos das arboviroses transmitidas pelo Aedes aegipty em Goiás. (Foto: Divulgação)
Boletim aponta aumento de casos das arboviroses transmitidas pelo Aedes aegipty em Goiás. (Foto: Divulgação)

Com o período chuvoso, o mosquito Aedes aegipty se reproduz com maior facilidade e o número de casos tende a aumentar. Como prevenção, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) emite alerta para os municípios goianos no combate à proliferação do mosquito, transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças chamadas de arboviroses e endêmicas em Goiás e toda a Região Centro-Oeste.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, explica que é muito importante o envolvimento dos prefeitos municipais priorizarem ações de controle sanitário e limpeza urbana para combater a propagação do mosquito.

“É importante que os gestores municipais priorizem ações de controle sanitário, como a limpeza urbana, a fiscalização de pontos estratégicos, como borracharias e ferro-velhos, visitas dos agentes de saúde aos domicílios e aplicação de fumacê nos locais específicos. Essas rotinas têm que ser intensificadas diante do possível aumento de casos nesse período”, explica Flúvia.

Preocupação

Atualmente, Goiás apresenta 60.333 casos notificados de dengue, uma queda de 26% em relação ao mesmo período do ano passado (39 semanas) com 18 óbitos confirmados. Já os casos notificados de zika somam 80 até a mesma semana.

Em relação a febre chikungunya, de acordo com a SES, Goiás registrou 726 casos notificados da doença, um aumento de 168% em relação ao mesmo período do ano passado. São 306 registros confirmados em 24 municípios goianos, com a presença autóctone (transmissão local) do vírus.

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Flúvia Amorim explica ainda que, Por apresentar sintomas muito debilitantes e maior risco de sequelas, principalmente nas articulações, a doença é motivo de preocupação das autoridades sanitárias.

Transmissão

A chikungunya é outra doença preocupante transmitida pelo Aedes aegypti. Por ter uma transmissão bastante rápida, é necessário ficar atento a possíveis criadouros do mosquito e, assim, eliminar esses locais para evitar a propagação da doença, que pode causar sequelas como dores crônicas nas juntas por longo período de tempo.

Em mulheres grávidas, a transmissão para o feto só ocorre quando a mãe fica doente na última semana de gestação. Nesse caso, mesmo que nasça saudável, a criança deve permanecer internada por uma semana, para observação e tratamento imediato, caso desenvolva a doença, que pode levar a quadros graves.

Sintomas

A doença é caracterizada por febre alta, acima de 39 graus e frequentemente acompanhada de dor nas articulações e mialgia, além de erupção cutânea, que pode variar de leve e localizada a uma erupção cutânea extensa envolvendo mais de 90% da pele. A dor nas articulações costuma ser muito debilitante e, geralmente, dura alguns dias, mas pode se prolongar por semanas, meses ou até anos. Outros sinais e sintomas comuns incluem inchaço nas articulações, dor de cabeça, náuseas e fadiga.

Por conta do aumento de casos em Goiás, a SES-GO alerta para o risco de rápida disseminação da doença e orienta aos gestores municipais de saúde a desenvolverem as ações de vigilância e controle vetorial, como:

I – Órgãos de saúde pública:

  1. Controle químico: nos locais de permanência dos casos suspeitos e confirmados, em seu período de viremia, intensificar as ações de controle químico realizado pelos agentes de saúde, por meio de nebulização de inseticidas por bombas costais e/ou por bombas veiculares (fumacês) e aplicação de larvicidas.
    OBS: O novo inseticida, Cielo, deve ser nebulizado por bomba costal fora do domicílio, observando-se a distância recomendada pelo fabricante para a aspersão do produto.
  2. Fiscalização sanitária de pontos estratégicos: borracharias, lavajatos, ferros-velhos, cemitérios, depósitos e empresas de recicláveis, depósitos de lixo.
  3. Manejo ambiental: intensificar as ações de limpeza urbana regular, por meio da coleta de lixo, e os cuidados com a limpeza de praças, logradouros e prédios públicos.
  4. Ações de controle mecânico: destruição e limpeza permanente de recipientes para impedir o acúmulo de água e criadouros do mosquito.
  5. Comunicação do risco por meio de canais de comunicação existentes no município.

II – População em geral:

  1. Acondicionamento adequado do lixo doméstico.
  2. Limpeza do imóvel: quintal, calhas, piscinas.
  3. Manter cobertos os reservatórios de água: caixas d’água, cisternas, fossas, outros reservatórios.
  4. Ações de controle mecânico: destruição e limpeza permanente de recipientes para impedir o acúmulo de água e criadouros do mosquito.

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