O presidente do PSD de Goiás, Vilmar Rocha, afirmou que não há nada definido ainda para a escolha de Henrique Meireles para disputar pela sigla as eleições majoritárias em 2022. Segundo Rocha, tem que “amassar barro” e dialogar.
“Ele precisa, e nós vamos providenciar isso a ele… agora nós estamos com essa dificuldade da pandemia, essa redução dos contatos pessoais, de reuniões físicas, então a gente tem essa dificuldade, mas a partir da segunda quinzena de março, nós vamos convidá-lo a vir a Goiás pra conversar com nossas lideranças e fazer esse trabalho mais diretamente aqui no estado, então isso é muito importante para que ele dispute uma eleição majoritária, conversar, dialogar internamente. Eu tenho que fazer isso, não pode apenas anunciar, esperar o período da eleição e estar aqui, não. Como se diz, tem que amassar barro, tem que visitar, tem que conversar”, afirmou Vilmar em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Meireles informou há poucos dias sua filiação ao PSD, uma articulação feita, segundo Vilmar, por Samuel Almeida. Meireles disputou a eleição presidencial em 2018 pelo MDB, ficando em sexto lugar e recebendo 1.288.948 votos. Nesta eleição, Jair Bolsonaro, à época no PSL, fora eleito presidente.
Sobre um possível acerto de Henrique Meireles em ser o candidato do governador Ronaldo Caiado para o Senado, Vilmar Rocha diz seria “ótimo”, mas insinua que o DEM não havia confirmado ainda essa possibilidade.
“Eu acho o seguinte, primeiro tem que se pergunta ao DEM, se isso já foi acertado lá, se realmente há este compromisso de ceder a vaga para de senador já agora para o PSD. se tiver, ótimo, porque o partido quer participar da eleição majoritária, esse pode ser, inclusive, o caminho, mas acho que precisa de conversas”, explicou.
Leia Também
Vilmar Rocha também defende que a tese de esperar as coisas acontecerem antes de tomar uma decisão sobre eleição em 2022, segundo ele outros partidos também compactuam de mesmo pensamento.
“Em relação às eleições majoritárias do ano que vem, está cedo ainda, precisa de muita conversa, de muito diálogo interno, então tá cedo. Essa, inclusive, é uma posição que eu deixo muito clara e que também não é só uma posição de PSD, os outros partidos mais importantes do estado também estão com essa mesma postura”, disse.
Ao ser questionado se o PSD é hoje base do governo Caiado, Vilmar esclarece que existe, sim, uma divergência em relação à essa temática, mas que defende que o partido não faça parte do governo agora.
“Aí é que há uma divergência verdadeira e real interna no PSD e que a gente tem discutido, eu tenho uma posição e outros têm outra posição, essa divergência ela é real, é verdadeira. Qual é a divergência? Primeiro, eu acho que o PSD não deve integrar o governo agora, não deve ocupar secretarias, não deve indicar cargos. Por quê? Porque eu tenho um conceito que quem ajuda a eleger, é quem ajuda a governar. Quem tem que fazer parte do governo, ocupar secretarias, os cargos de governo são aqueles que ajudaram a eleger, são aqueles que participaram da eleição do atual governo, são estes que devem participar do governo, não outros que estavam em outras chapas”, concluiu.