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Especialista recomenda fracionamento de aplicações na Bolsa de Valores

Em dez dias a Bolsa de Valores brasileira acionou o circuit breaker, ou paralisou as negociações, por seis vezes, caindo mais de 10% na última semana. Com as ações em queda, quem investiu está aflito e quem quer entrar nesse mercado está entusiasmado. Mas especialistas pedem cautela, pois há uma linha tênue entre o prejuízo e o lucro que vai depender do perfil de risco de cada investidor. 

Para o sócio da Vertente Capital, o agente Autônomo de Investimentos, Marcelo Estrela, as pessoas mais imediatistas estão perdendo dinheiro porque entraram e saíram do mercado da bolsa de valores sem saber para onde estavam indo. “A crise causada pelo coronavírus não tem precedentes e está servindo para lembrar as pessoas o real motivo pelo qual elas investiram seu dinheiro em ações, que deveria ser com o horizonte de 5, 10 anos ou mais”, lembra.

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ESPECIALISTA

 Marcelo recomenda que investimentos mais arrojados, ou seja, aqueles que possam apresentar algum tipo de prejuízo, nunca sejam feitos sem o apoio de uma assessoria de investimentos qualificada, que entenda momento de vida, perfil e, principalmente, a vivência com perdas que eventualmente o investidor já tenha passado. “Estamos sendo procurados por muitos clientes que querem investir agora que a bolsa caiu, mas sempre os lembramos, por exemplo, que a ação da Petrobrás estava em R$ 30 antes do Carnaval e quando caiu para R$25 na última semana de fevereiro muita gente saiu comprando. Hoje, esse valor já reduziu pela metade, mas há pouco mais de 4 anos ela custava R$ 5. Mais além do que estar preparado para ver um investimento perder mais de 80% do valor em menos de 1 mês, é preciso entender o motivo da queda e, principalmente, enxergar um caminho para recuperação”, frisa. 

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 Estrela aconselha que os investidores conservadores, que costumam aplicar apenas em renda fixa, devem priorizar plataformas abertas de investimento como é o caso do BTG Pactual Digital, pois segundo o especialista, são melhores para esses tipos de clientes que acabam se aproveitando de uma competição entre emissores bancários e gestoras de recursos independentes. “Boa parte dessa turma não possui área comercial, ou se possui é muito reduzida. Seus produtos precisam ser mais seguros, mais rentáveis e mais baratos, caso contrário eles não sobrevivem. É exatamente nesse tipo de investimento conservador que os mais arrojados guardam seus recursos a espera de uma oportunidade”, frisa. 

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 Sendo assim, o especialista explica que é importante ter uma carteira de investimentos balanceada, em que seja possível ter uma mescla de investimentos conservadores e mais arrojados para aproveitar momentos de alta no mercado, mas no caso de baixa, o investidor consiga de alguma forma se proteger. “Temos aconselhado nossos clientes que querem investir em ações a aportarem recursos uma vez por semana até a estabilização da Bolsa. É importante fracionar as aplicações neste momento turbulento e priorizar empresas que têm um histórico crescente de bons resultados e que você admira enquanto cliente”, recomenda Marcelo que acrescenta que embora ainda não tenhamos chegado na pior fase da crise, que, segundo ele deve durar mais alguns meses, é importante voltar os olhos para países que já tenham estabilizado o pico do surto da doença.

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Categorias: Economia
Altair Tavares: