Economia • atualizado em 05/05/2018 às 21:11

“País está no caminho certo, mas não pode errar”, diz economista

A declaração é de Zeina Latif, economista chefe da XP Investimentos. À convite da Vertente Invest, empresa do Grupo Toctao, a especialista esteve em Goiânia falando para uma seleta plateia de executivos sobre as perspectivas macroeconômicas nos próximos meses para o Brasil e Goiás

Depois de três anos de forte crise, o Brasil volta a trilhar o caminho correto, mas não pode errar. É o que defende Zeina Latif, economista chefe da XP Investimento, maior corretora independente de investimentos do País. A especialista esteve em Goiânia onde falou para uma platéia de 30 executivos sobre as perspectivas macroeconômicas nos próximos meses para o Brasil. Zaina, que é Doutora em Economia pela USP e colunista do Jornal Estadão, esteve na capital a convite da Vertente Invest, empresa de assessoria financeira do Grupo Toctao.

“A inflação baixa é muito bom e lentamente a indústria começa a retomar indicadores ascendentes, assim como a geração de empregos volta a crescer”, destacou a economista ao citar a melhora em vários índices da economia no Brasil.

Em sua palestra, Zaina admitiu que, apesar da melhora, o país ainda vive uma crise política que traz incertezas ao cenário econômico, mas ponderou que isso demonstra outro aspecto, que segundo ela, é positivo. “Percebemos uma sociedade muito mais exigente, muito menos tolerante com a corrupção e isso é muito bom para o País”, disse.

Ainda sobre a influência política na economia, Zeina esclareceu que um grande desafio do próximo presidente do Brasil, que deve ser escolhido em outubro deste ano, será conseguir a governabilidade para a implantação das reformas estruturais necessárias para que a economia continue crescendo, como as Reformas da Previdência e Tributária.

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A especialista explicou ainda, que o Brasil, depois desses últimos anos de crise, agora possui uma “linha mestra” para sua economia e que precisa ser seguida. “Mesmo que lentamente, estamos no caminho certo, retomando fundamentos econômicos importantes. Mas ainda precisamos atacar problemas sérios, como o déficit público, que afeta a capacidade de investimento do Estado. Com juros baixos e inflação controlada, as empresas e as famílias ao poucos voltam a acreditar e a investir”, argumentou a economista, que além de ser doutora em Economia pela USP, já atuou em várias instituições financeiras nacionais e internacionais como Royal Bank of Scotland, ING, Banco Real e HSBC Asset.

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