O mercado de feijão-carioca na Bolsa de Cereais de São Paulo apresenta novos recuos. Os preços até o momento seguem um viés de baixa, tendo em vista uma oferta maior no disponível e também uma demanda menos aquecida. O feijão-carioca extra, de nota 9, já caiu mais de 22% na comparação com o mês passado. Na última terça-feira, dia 25, a saca foi cotada entre R$ 165 e R$ 170, contra R$ 215 no mesmo período de maio.
Segundo a consultoria Safras & Mercado, a tendência é de que este movimento se mantenha enquanto houver maior disponibilidade do feijão. Com o encerramento da colheita da segunda safra, a expectativa é que o mercado passe por uma manutenção nos preços, ou até mesmo uma recuperação das cotações. Isso aconteceria devido à entressafra do produto.
Feijão-preto
No atacado de São Paulo, o ritmo segue mais calmo. Não houve oscilação nos preços, mesmo com as recentes retrações nos valores do carioca. O volume do produto no mercado disponível teve uma redução, porém a queda não trouxe nenhum impacto ao mercado. Os analistas aguardam o encerramento dos trabalhos de colheita no Sul do país para projetarem possíveis perdas, já que fortes chuvas atingiram a região.
Por outro lado, a Safras & Mercado indica que o abastecimento brasileiro poderia ser suprido com as importações que chegam principalmente da Argentina, em caso de uma quebra mais significativa.
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Para o consultor técnico da Faeg, Pedro Arantes, com o início da colheita da 3ª safra de feijão e os bons níveis de oferta, ainda existente da 2ª safra, os preços vem caindo sistematicamente, tanto que no início de julho, a média de preços em Goiás foi de R$ 153,00 o saco de 60kg, e hoje já caiu para R$ 119,00, ou seja 23% em 20 dias. Como a 3ª safra é pequena, mas está apenas no início, a tendência do mercado de estável ou ainda cair um pouco, apesar que a qualidade do grão que está sendo colhido é muito bom por ser irrigado e estar sujeito a pouco ataque de doenças e pragas. (Com informações da FAEG)