O presidente do MDB em Goiânia, Agenor Mariano, avaliou, de forma negativa, a administração de Rogério Cruz à frente da Prefeitura de Goiânia. Em entrevista ao jornalista Altair Tavares, o político teceu críticas ao gestor municipal e afirmou que o rompimento com a atual administração foi a melhor decisão tomada pelo partido.
“A gente está vendo o fracasso da atual gestão e do atual prefeito em gerir a cidade”, disse. “Descobrimos agora que ele não tem capacidade gerencial e administrativa. E a cidade está pagando um alto preço por conta disso”, salientou o emedebista.
Questionado sobre as críticas feitas à gestão anterior, administrada por Iris Rezende, com relação ao sistema de drenagem da cidade, Mariano colocou em ênfase a preocupação do ex-prefeito, bem como o desenvolvimento da capital ao longo do tempo. O político ressaltou, entretanto, tratar-se de uma avaliação “vergonhosa” por parte de Cruz.
“A crítica vindo da atual gestão, por si só, perde a credibilidade”, disse. “É vergonhoso para um prefeito tão mal avaliado na cidade, querer questionar um legado de um prefeito aprovado, como Iris Rezende, que entregou um caixa com quase R$ 1 bilhão na mão dele, que ele já torrou tudo e ninguém sabe onde foi parar esse dinheiro”, ponderou Agenor.
Com relação à drenagem da capital, o presidente do MDB municipal esclareceu: “No último governo de Iris Rezende, toda a Avenida T-7, uma das mais longas da cidade, passou por um processo de requalificação, com bueiros monstruosos. A cidade cresceu desordenadamente, furando todos os planos diretores”, disse.
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“O difícil é uma gestão que não faz nada, o que começa para, não termina, começa outra coisa. Parece que as obras são norteadas, não pela necessidade, mas por aquilo que oferece mais votos, alimenta discursos, empresas para ganharem licitações”, acrescentou, em comparação à atual administração, com a afirmativa de que o próximo prefeito da cidade terá grandes desafios pela frente: “Vai ter que se virar nos 30 para fazer a prefeitura voltar a andar”.
Mariano lamentou, ainda, a fatalidade que colocou Rogério Cruz à frente da Prefeitura de Goiânia. “Nós (o partido) não pusemos esse prefeito e sim um vice-prefeito. Infelizmente, o Maguito faleceu e esse vice-prefeito assumiu”, enfatizou o político, que destacou, em seguida, a decisão de rompimento do partido.
“Constatamos que a forma com que o prefeito gostaria de conduzir a gestão era uma forma que não daria certo”, pontuou. “Foi a melhor decisão que tomamos na nossa vida. Isso mostrou para nós que o poder não pode ser conquistado a qualquer preço e a qualquer custo. Existe um preço caro a ser pago”, salientou.
O presidente do MDB afirmou reconhecer a legitimidade do pleito, mas ressaltou não ser ideal fazer parte de uma administração em troca de salário, apenas. “Ficar quatro anos em uma gestão para ganhar salário não é o ideal de quem quer ver a melhoria de sua cidade. Se era por conta de salário, entregamos a gestão”, frisou.
“Reconhecemos a legitimidade. O que não reconhecemos era receber ordens de alguém de fora que não foi eleito. Então simplesmente entendemos que não poderíamos continuar e entregamos 14 cargos de primeiro escalão”, acrescentou Mariano. “Entendemos que não seríamos vozes ativas e ainda seríamos co-partícipes da situação que hoje a sociedade enxerga”, finalizou.
Confira a entrevista, em sua íntegra: