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EUA estão precisando de dentistas, desenvolvedores e especialistas em marketing

Enquanto as estatísticas mostram uma lenta taxa de desemprego e o crescimento da economia aparece nas notícias nos Estados Unidos, muitos estadunidenses começaram a se perguntar sobre os melhores empregos para 2018 no país. Conhecer o mercado de trabalho e suas tendências provê a quem está procurando uma oportunidade informações vitais, como os cursos de graduação necessários a média salarial ou a satisfação dos empregados em determinada indústria.

Nos Estados Unidos, um recente relatório publicado pela revista U.S News, especializada no mercado de trabalho do país, mostrou que, entre as profissões mais requeridas pelo mercado estadunidense estão algumas tradicionais, como dentista, enfermeiro (a) e médico, além de desenvolvedores de softwares.

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Em janeiro, a plataforma LinkedIn também lançou um documento com as ocupações mais proeminentes para este ano baseado em diversos favores: a empresa pesquisou entre milhões de perfis registrados em sua rede como os empregos evoluem, assim como os salários, para selecionar os que estão em alta. Nos empregos no topo da lista, os ordenados mensais cresceram cerca de 30% nos últimos anos, além da flexibilidade de posições.

Ao contrário da lista da U.S News, com muitos profissionais da área médica, a lista do LinkedIn inclui os empregos de líder de projetos (no topo), desenvolver de softwares e diretor de serviços. De acordo com a plataforma, as “habilidades” mais requeridas dos profissionais em 2018 serão a capacidade de fazer análises estatísticas, desenhar projetos de programas de computador ou atuar na área de marketing digital – mais notadamente Search Engine Optimization (SEO).

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Algumas dessas áreas estão abertas para brasileiros, como é o caso da Adriana Pantareo, de São Paulo, que vive em Boston, no estado de Massachusetts, desde 2002. Quando chegou ao país, o mercado de trabalho estava fechado para estrangeiros por causa dos ataques terroristas em Nova York, no ano anterior. Foi apenas após uma longa temporada que ela conseguiu se posicionar melhor na sua área de atuação – hoje atua como editora de uma publicação especializada.

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“O mercado dos Estados Unidos está sempre precisando de profissionais com habilidades inovadoras, mas também aberto às profissões tradicionais. Cheguei aqui com meu diploma de Jornalismo em uma época que o país tinha o maior número de publicações da sua história e, ainda assim, consegui me encontrar”, conta.

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A taxa de emprego deve crescer 0,7% entre 2016 e 2016 nos Estados Unidos, de acordo com o Bureau of Labor Statistics (Escritório de estatísticas sobre o trabalho do país). Em comparação, os 10 anos anteriores viram um crescimento do emprego de cerca de 0,5% ao ano, principalmente devido à depressão de 2008. O desemprego nos EUA caiu 0,5% em 2017 – em novembro, 4,1% dos habitantes não tinham trabalho.

Os empregados relacionados à saúde ainda contam com a maior parte da lista da U.S News: 20 das 25 carreiras são médicas, de acordo com a lista. De acordo com o Bureau of Labor Statistics, o emprego na área deve crescer 18% até 2026, o que significa 2,3 milhões de novos empregos – mais do que qualquer outra indústria.

Os brasileiros formados em Medicina no país podem validar o diploma nos Estados Unidos por meio de um processo menos burocrático do que parece. De acordo com o médico Douglas Falleiros, que foi morar no país em 2015 após se casar com uma estadunidense, o principal é ser aprovado em um exame que aprova a formação de qualquer pessoa que termina a universidade.

“É como se fosse uma prova da OAB, mas para Medicina. A vantagem é que essa prova é também utilizada para a classificação na residência médica”, explica ele. “Existe uma única chance para cada prova. Se você tirar uma nota ruim, não é possível prestar a prova novamente para tentar uma nota melhor. Você carregará essa nota por toda sua vida”, completa.

A única dificuldade dos brasileiros é que, ao contrário de outros países, os EUA requerem que a residência seja refeita lá – mesmo se já foi feita no Brasil. “Você pode ser o Ivo Pitanguy no Brasil. Aqui, terá que começar a residência do zero”, finaliza.

Categorias: Especial
Altair Tavares: