Goiânia

Debate sobre funcionamento de distribuidoras de bebidas aponta confronto entre empregabilidade e segurança

Desde o início de 2025, uma lei que proíbe o funcionamento de distribuidoras de bebidas entre 0h e 5h da manhã tem gerado intenso debate na cidade. De um lado, estão os donos dos estabelecimentos e os frequentadores, que afirmam que a decisão causa prejuízos e transtornos.

A Polícia Militar, que participou da elaboração da proposta, comemora a queda no número de crimes praticados nesse horário. Em audiência pública, o comandante do Policiamento da Capital, coronel Pedro Henrique Batista, apresentou dados que, segundo ele, comprovam a eficácia da nova lei.
“Tivemos redução de 50% nos homicídios, 40% nas tentativas de homicídio, 29% nos acidentes de trânsito com vítimas e diminuição em casos de agressão e vias de fato, exatamente no horário de fechamento das distribuidoras”, relatou.

De outro lado, os empresários do ramo alegam que estão tendo prejuízo financeiro e precisaram demitir funcionários que trabalhavam nesse turno. Adrielly Ribeiro, presidente da recém-criada Associação de Distribuidoras e Empórios de Bebidas do Estado de Goiás (Adebego), defendeu a flexibilização do modelo “compre e retire”.

“Podemos ajudar na fiscalização. Aqueles que quiserem disponibilizar mesas, cadeiras ou banheiros devem mudar o CNAE para bar ou restaurante, mas quem atua como distribuidora deve ter o direito de vender para retirada”, ponderou ela

A Adebego estima que a restrição de horário provocou uma redução de 30% no número de empregos do setor. “Muitas famílias foram vítimas dessa tentativa de nos marginalizar e culpar pela criminalidade”, sustentou Franciely Gomes, secretária-geral da entidade.

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Altair Tavares

Editor do Ciberjornal que sucedeu desde fevereiro de 2025 todo o conteúdo do blog www.altairtavares.com.br . Atuante no webjornalismo desde 2000. Repórter, comentarista e analista de política. Perfil nas redes sociais: @altairtavares