Entregadores de aplicativo prometem realizar a partir das 9h da manhã deste sábado (11/09), 24 horas de paralisação dos serviços. Eles alegam insatisfação com relação às altas taxas que os aplicativos cobram, o alto preço do combustível, além da precarização do trabalho acentuada durante a pandemia do novo coronavírus. A paralisação é nacional, alcança todos os aplicativos e tem adesão em Goiânia, garantem motoristas ouvidos pelo Diário de Goiás, parceiro do site Altair Tavares.
Às 10h eles vão se concentrar na porta do Goiânia Shopping e de lá irão percorrer vias de Goiânia, passando pela Avenida Jamel Cecílio, no Flamboyant, e retornando ao ponto inicial do percurso. A estimativa é que 2.500 entregadores participem do ato. Na sequência eles iniciam os breques. “Todos os estabelecimentos que trabalham com Uber, Ifood, Rappi, BeDelivery nós vamos brecar. Não vamos deixar que outros entregadores que talvez estejam desavisados quanto a paralisação façam suas entregas”, explica uma liderança na condição de anonimato para evitar perseguições. “Claro, vamos conversar numa boa e explicar os motivos do ato”.
Segundo a liderança, há boa adesão dos entregadores e ele acredita que não haverá ruídos durante os atos. “Todos os entregadores se conhecem, a Polícia Militar irá dar apoio. Está tudo sendo feito de forma legal”.
O entregador prevê que 60% dos principais estabelecimentos em Goiânia e Aparecida serão impactados com a medida. Todos os shoppings da Região Metropolitana terão dificuldades em fazer suas entregas, bem como os restaurantes e bares. “Teremos várias equipes em diversos pontos da cidade. Vamos brecar tudo, não vai sair nada”, destaca.
São três as principais demandas: as altas taxas que já vão para três anos sem reajuste, o código de verificação de segurança em todos os pedidos, hoje, apenas alguns são solicitados e os bloqueios indevidos. “A plataforma as vezes excluí entregadores sem mais nem menos. Não tem nem uma justificativa prévia”, explica.