Goiânia

Goiânia se torna referência nacional em transporte público

Goiânia se torna referência nacional em transporte público
Goiânia se torna referência nacional em transporte público

Goiânia tem se destacado nacionalmente pelas melhorias no transporte coletivo. As medidas reduziram em 30% o tempo de deslocamento dos ônibus nos trechos onde foi implantada a metreonização, e incentivam cada vez mais o uso do meio de transporte pela população. Tais melhorias foram apresentadas pelo prefeito Sandro Mabel durante o Seminário Nacional NTU 2025, realizado em Brasília, e repercutidas pelo jornal O Estado de São Paulo.

Quando Mabel assumiu a gestão da Prefeitura de Goiânia, a velocidade média nas vias havia caído para 14 km/h, enquanto o número médio de viagens diárias por passageiro caiu de 12 para 8. Para transformar essa realidade, o prefeito apresentou o Programa “Nova Mobilidade”, que já mostra resultados importantes, como redução em 30% no deslocamento dos ônibus, por meio da aplicação do conceito de metronização do transporte público. O sistema otimiza o fluxo de ônibus em corredores exclusivos, priorizando sua passagem em semáforos e reduzindo o tempo de viagem.

Hoje, veículos que antes paravam cinco ou seis vezes a cada dez cruzamentos completam percursos inteiros com, no máximo, uma parada, tornando o transporte mais ágil e previsível. Com a metronização, já implantada do Terminal Novo Mundo até a Praça da Bíblia e do Terminal Isidória até a Praça Cívica, a velocidade média dos ônibus saltou de 15 km/h para 22 km/h, com meta de chegar a 25 km/h. O próximo trecho que receberá essa tecnologia será os 6km entre os terminais Praça da Bíblia e Praça A, com previsão de começar a funcionar até o final do segundo semestre. A expectativa da gestão é implantar o sistema em 200 quilômetros de corredores em até quatro anos.

Nova Mobilidade

Também contribuíram com a melhoria do transporte público medidas como a liberação da terceira faixa de ônibus para motos, onda verde com semáforos sincronizados, mais de 80 cruzamentos destravados com “direita livre” e modernização da frota, com ônibus rápidos e ar-condicionado, além da desobstrução de vias e retirada de contêineres que atrapalhavam o fluxo urbano.

O projeto de Goiânia envolve R$ 2,1 bilhões em investimentos privados ao longo de quatro anos, visando a ampliação da mobilidade urbana, integração modal e modernização tecnológica, instalação de 36 corredores com faixas exclusivas para ônibus e bicicletas, integração com sistemas de bicicletas compartilhadas, e estímulo à mobilidade ativa, com incentivo a meios de transporte sustentáveis.

Leia Também

Goiânia está integrada à Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), com 21 municípios e 2,5 milhões de habitantes, em mais de 7.000 km². A rede possui 299 linhas fisicamente conectadas, com tarifa única integrada: Bilhete Único Metropolitano. O subsídio tarifário, que garante uma das passagens mais baratas do país, é compartilhado: 41,2% pelo Estado, 41,2% pela capital e 17,6% pelos municípios conurbados.

“Sou fã de transporte, fui dono de fábrica e tínhamos mais de 800 caminhões de entrega. Sempre estudei logística, custos, e reclamava das cidades em que o trânsito não andava. Aí quando me tornei prefeito me comprometi a colocar em prática tudo o que pensava de bom. Tem solução, tem condição de melhorar, o transporte público precisa ser olhado por outro ângulo, com olhar para a eficiência”, destaca Mabel.

Fotos: Alex Malheiros


Leia mais sobre: / Goiânia

Altair Tavares

Editor do Ciberjornal que sucedeu desde fevereiro de 2025 todo o conteúdo do blog www.altairtavares.com.br . Atuante no webjornalismo desde 2000. Repórter, comentarista e analista de política. Perfil nas redes sociais: @altairtavares