O Zoológico de Goiânia (ZooGyn) recebeu, no último sábado (21), novo morador. Trata-se de uma ave Harpia macho, de aproximadamente 05 anos, que foi transferido do Centro de Conservação de Animais Silvestres, localizado em Foz do Iguaçu, no Paraná, para a capital goiana.
A ave, que impressiona pela beleza das longas asas brancas, garras e bico pretos, está ameaçada de extinção, e fará companhia para a Harpia fêmea, que já vive no parque. Expectativa é de que o casal se reproduza em cativeiro.
Por ser considerada a maior espécie de rapina do país, a transferência da Harpia ocorreu com segurança, conforme observa o presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), Valdery Júnior, “graças a uma solicitação feita ao Programa de Parcerias de Transporte Solidário de Preservações de Animais em Extinção, entre a empresa Latam Cargo e a Associação de Zoológicos e Aquários do Brasil (AZAB)”.
“Essas parcerias de conservação são extremamente importantes para que espécies ameaçadas de extinção, como a Harpia, possam ter uma transferência tranquila e segura, como foi neste caso”, pontua o titular da pasta, ao acrescentar que “a transferência do exemplar para o ZooGyn ocorreu sem nenhum custo para os cofres públicos”.
Ao receber o novo morador do Zoológico, que já pode ser visitado pelos frequentadores do parque, o presidente da Agetul lembra que as Harpias, espécies raras da fauna latino-americana, correm sério risco de extinção devido à caça e captura indevida. Ele observa que “a reprodução em cativeiro não é uma tarefa fácil, mas, agora, o novo macho vai fazer companhia para a Harpia fêmea que mora no ZooGyn desde 2013.”
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Harpia fêmea
No Zoológico de Goiânia desde 2013, a Harpia fêmea foi encontrada com lesões em diferentes partes do corpo, após ter levado tiros de chumbo no município de Cocalzinho de Goiás. Desde então, foi estabelecida uma rotina de cuidados e monitoramento dos aspectos clínicos e adaptativos da ave, com cronograma alimentar adequado.
“O foco do Zoológico é zelar pelo bem-estar e saúde dos animais. Para isso, são feitos processos que ajudam na preservação e manutenção da biodiversidade. Assim, auxiliam, ainda, no equilíbrio da cadeia alimentar e na preservação de animais em extinção”, frisa Valdery.
Adaptação
Para acomodação da Harpia macho,
foram feitas adaptações. Um novo recinto, provisório, foi construído para que o casal faça o primeiro contato visual.
Os bichos estão no mesmo recinto, porém, separados por grades. “Isso porque eles precisam se adaptar de forma recíproca para, depois, ficarem juntos”, explica o presidente da Agetul. Ele ressalta que em breve as grades serão retiradas do recinto para que o macho faça companhia definitiva para a nova companheira.