O transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia continua parado na manhã deste domingo (20/12), segundo informou o sindicato que representa as empresas concessionárias do serviço. Das cinco operadoras do transporte, somente a Metrobus, que pertence ao Estado, está trabalhando normalmente. As quatro concessionárias privadas (Cootego, HP, Rádio Araguaia e Reunidas) não operam. Os motoristas estão na garagem, mas não saíram para rodar. As tratativas em torno do assunto ainda serão discutidos para uma solução definitiva.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET), os motoristas cobram o 13º salário e o pagamento atrasado de novembro.
Rodada de reuniões irão acontecer esta semana
Uma reunião entre as empresas e a Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) aconteceu na manhã deste domingo (20/12). Segundo o órgão gestor, uma proposta foi sugerida, mas não acatada pelas operadoras que entendem que a atual gestão do município deve tomar partido com o ‘custo do déficit’ acumulado. A CMTC ‘levou a proposta da prefeitura de Goiânia de repassar aproximadamente R$ 1,8 milhão às empresas, sendo esse aporte financeiro valendo a partir deste mês de dezembro’. A nova gestão da capital capitaneada pelo prefeito eleito Maguito Vilela (MDB) e o vice Rogério Cruz (Republicanos) toparam fazer o acordo. As empresas querem garantias da atual administração, gerida por Iris Rezende (MDB).
Uma nova rodada de reuniões deverá acontecer ainda esta semana.
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Veja o comunicado à imprensa na íntegra:
A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos- CMTC- como órgão gestor do sistema de transporte público coletivo- realizou no fim de semana várias reuniões com representantes da Prefeitura de Goiânia e das empresas que operam o transporte público coletivo em Goiânia e região metropolitana, visando solução à crise instalada no serviço e que provocou, neste fim de semana, a paralisação do serviço por parte de motoristas, funcionários de garagens e do administrativo de quatro empresas concessionárias. Participaram das tratativas o presidente da CMTC, Benjamin Kennedy Machado da Costa, o diretor Técnico da CMTC Murilo Ulhôa, o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte (SET), Adriano Oliveira e representantes das operadoras.
A CMTC levou a proposta da prefeitura de Goiânia de repassar aproximadamente R$ 1,8 milhão às empresas sendo esse aporte financeiro valendo a partir deste mês de dezembro, para os meses seguintes (janeiro a junho) a próxima administração faria o repasse de uma parcela do déficit operacional mensal das empresas, déficit esse que tem valores variados. A nova administração aceitou fazer o repasse mas não houve acordo por parte das empresas, elas entendem que a atual gestão deve também assumir o custo do déficit acumulado desde abril de 2020. Ao final da reunião de hoje (20) ficou acertado que as empresas buscariam meios para que o serviço de transporte volte a operar amanhã sem prejuízo ao usuário, e uma nova rodada de negociações será iniciada com a nova gestão municipal de Goiânia e demais municípios a partir de 1º de janeiro de 2021.