O Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC) abre as portas nesta quinta-feira (31) após dois anos sem exposições por conta da pandemia. No retorno ao público, o MAC apresenta duas mostras que estão marcada para 20h, no Centro Cultural Oscar Niemeyer. As exposições que serão abertas ao público no MAC ficarão disponíveis até 27 de maio com entrada é gratuita para todas as pessoas.
Um dos destaques é o acervo doado pelo Instituto Fayga Ostrower em comemoração ao centenário de nascimento da artista plástica. No mezanino do MAC, serão exibidos 45 trabalhos doados pelos filhos de Fayga, Ana Leonor (Noni) e Carl Robert, ao museu do Centro Cultural Oscar Niemeyer.
Gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, teórica da arte e professora, Fayga Ostrower nasceu na Polônia, veio com a família para o Brasil como refugiada, rompeu com o figurativismo e abraçou o abstracionismo. Cinara Barbosa, curadora da mostra “Fayga Ostrower: diálogos ativos”, acredita que o primeiro benefício da doação é a participação do MAC nas comemorações do centenário da artista.
Cinara adianta detalhes da exposição: “O que eu trago nessa curadoria é buscar sinalizar a face dessa artista, mulher, como uma intelectual preocupada em, além de criar, pensar e falar sobre arte. A proposta é apresentar um pouco tanto da produção gráfica da Fayga como criar uma sala de conversa, uma sala de estudos. E que o MAC tenha a possibilidade de estimular campos de estudo em relação à obra dela para refletir e produzir arte”.
Com inauguração na mesma data, no andar térreo do MAC, a mostra “Conversas: resistência e convergência”, com curadoria de Paulo Henrique Silva, apresenta obras de 51 artistas contemporâneos do Planalto Central que pertencem ao Museu de Artes Plásticas de Anápolis (Mapa). A exposição é um recorte temporal que busca criar uma espécie de raio-x da produção regional, apresentando um coletivo de artistas que moram e trabalham nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
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De acordo com o curador, a mostra busca compreender a arte da Região Centro-Oeste como um dos eixos que compõem a produção brasileira. “O imaginário do exótico e da potência da arte realizada fora do circuito Rio-São Paulo tem chamado a atenção para a arte contemporânea do Planalto Central, instigando novas investigações sobre uma produção expressiva em volume e qualidade que, até então, por muitas vezes, foi excluída de importantes mostras do cenário nacional”, define Paulo.
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