Uma igreja da Assembleia de Deus de Rio Verde, sudoeste de Goiás, está sendo alvo de um pedido de investigação por supostamente promover a prática de “cura gay”. Quem solicitou a apuração dos fatos, que inclusive pode envolver a morte da influenciadora Karol Eller, que morreu na semana passada, em São Paulo, foram os deputados federais do PSOL Erika Hilton (SP), Pastor Henrique Vieira (RJ) e Luciene Cavalcante (SP), ao acionarem o Ministério Público Federal (MPF) nesta segunda-feira (16).
As informações, divulgadas pela Folha de S.Paulo, ainda dão conta que a denominação evangélica é apontada pelos parlamentares como responsável pelo retiro “Maanaim” e que oferece serviços para “converter” jovens homossexuais e bissexuais à heterossexualidade. A reportagem da Folha diz que o local pode ter sido frequentado por Karol Eller.
Karol Eller tinha 36 anos, era apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e próxima de membros de sua família e, além disso, trabalhava no gabinete do deputado estadual Paulo Mansur (PL-SP). A causa da morte, conforme consta a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, foi registrada como suicídio e teria ocorrido um mês após a influenciadora anunciar a sua “conversão”.
“Os tratamentos de ‘cura gay’ são verdadeiras práticas de tortura e agressão a toda população LGTBQIAPN+, cuja orientação sexual ou designação de gênero são características inerentes a cada sujeito, sendo impossível sua alteração”, afirmam os parlamentares Erika Hilton, Vieira e Cavalcante na representação que pede investigação da igreja.
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