O ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) coloca a Enel Goiás como segunda pior distribuidora de eletricidade do Brasil. De 29 empresas avaliadas, a que fornece energia aos goianos ficou melhor colocada apenas que a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEE-D), do Rio Grande do Sul.
É o oitavo ano consecutivo que a distribuidora de Goiás fica entre as piores. Até 2016, a responsabilidade da gestão era da estatal Celg. Em 2017, a Enel assumiu a concessão, ainda sem mudar o nome. Nos anos de 2016, 2017 e 2018, as empresas distribuidoras de energia em Goiás foram as piores do país.
O principal indicador avaliado no ranking é o de Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora. A média da Enel Goiás foi de 23,07 horas, portanto, quase um dia inteiro sem energia no ano passado. O limite estabelecido para a Aneel para 2019 era de 13, 44 horas.
Por não atingir os índices de qualidade, a companhia pagou aos consumidores goianos R$ 103,234 milhões em compensação no ano passado. Em 2018, apesar da posição e dos indicadores serem piores, o valor pago foi de R$ 66,628 milhões. Por outro lado, a quantidade de compensações foi reduzida, de R$ 9,479 milhões para R$ 7,578 milhões.
Por ter violado limites estabelecidos para DEC e Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) globais por dois anos seguidos, ou três vezes em cinco anos, a Enel Goiás segue proibida de, em 2020, distribuir proventos (dividendos e juros sobre o próprio capital) em valor superior a um mínimo legal definido por lei.
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Outras empresas do grupo Enel também apareceram mal avaliadas. A Enel Rio de Janeiro foi a terceira pior e a distribuidora da companhia no Ceará, a quarta. A filial de São Paulo ficou nua posição intermediária, em 15º
Enel aponta melhora
Em nota, a empresa ressalta que melhorou os índices na comparação com 2018 e estes são os melhores já apresentados por ela. A evolução, conforme a companhia, tem sido constante desde o início da concessão. Segundo a Enel, o serviço segue em melhoria neste ano. “Em março de 2020, a empresa alcançou números ainda melhores, com DEC em 19,48 horas e o FEC em 9,36 vezes.”
A Enel diz que o DEC foi reduzido em aproximadamente sete horas, se comparado dezembro de 2016 e dezembro de 2019. O FEC, para o mesmo período, caiu de 18,40 para 10,43 vezes.
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