Goiás • atualizado em 24/01/2019 às 00:23

Negociação entre governo e sindicatos sobre salário atrasado sem acordo; Greve geral entra na agenda

Roller e Bia: Governo e sindicatos não chegaram a acordo, apesar de várias reuniões (foto divulgação)
Roller e Bia: Governo e sindicatos não chegaram a acordo, apesar de várias reuniões (foto divulgação)

O governo de Goiás apresentou a proposta de quitar a folha de dezembro do funcionalismo público a partir de março, em 5 meses com menores salários nas duas primeiras parcelas. É o que prevê a nova proposta de pagamento de forma escalonada, por faixa salarial, apresentada ao Fórum em Defesa dos Servidores Públicos, na sede da Secretaria da Fazenda (Sefaz), nesta quarta-feira (23).

Os sindicatos insistem no pagamento de dezembro primeiro. Sem acordo, a reunião desta quarta terminou sem acordo.

As entidades sindicais vão ao Ministério Público em busca de apoio na manhã de quinta. E, segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação, Bia de Lima, a paralisação geral está entre as propostas. “Resta a luta”, disse ela.

O secretário de Governo, Ernesto Roller, conduziu as discussões, ao lado do superintendente executivo da Sefaz, Sílvio da Luz, e da procuradora-geral do Estado, Juliana Diniz. A proposta anterior previa o pagamento em seis meses.

A proposta

O governo pretende depositar, entre março e julho, o salário referente ao mês de dezembro para os 156.206 servidores que ainda não receberam o pagamento.

Segundo o secretario Ernesto Roller, esse calendário prioriza aqueles que ganham menos e que são maioria no funcionalismo: “Nós conseguiríamos atingir 60% da folha nos dois primeiros meses”.

“O governo reduziu o número de meses como demonstração do seu esforço e da compreensão da necessidade do servidor, fazendo uma opção por regularizar essa situação no menor tempo possível. O governo vai cortar em outras áreas, vai cortar alguns serviços, porque terá que suportar uma parcela maior”.

Dados da Sefaz indicam que a previsão para 2019 é de um déficit de 6,19 bilhões de reais nas contas públicas. Por isso, o governo tem adotado medidas severas, como a redução dos incentivos fiscais para o setor produtivo, o corte de despesas de manutenção e a demissão de servidores comissionados. Os ajustes contribuíram para que os salários de janeiro começassem a ser pagos no último dia 21, portanto, dentro do mês trabalhado.


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