Após a polêmica envolvendo a morte de Karol Eller, o pastor Wellington Rocha, da igreja Assembleia de Deus de Rio Verde, publicou um vídeo em seu Instagram, prestando homenagem a influenciadora. Em sua mensagem, publicada logo após os deputados federais do PSOL Erika Hilton (SP), Pastor Henrique Vieira (RJ) e Luciene Cavalcante (SP) acionarem o Ministério Público, solicitando uma investigação, o religioso nega as acusações.
Isso tudo acontece por que há suspeitas de que Karol foi vítima de uma tentativa de “cura gay” no retiro “Maanaim”, realizado pela igreja em questão. O pastor Wellington Rocha, porém, para se defender, chegou a comparar “A Morte de Ivan Ilitch”, livro de Liev Tolstói à “Bíblia Sagrada”. Segundo ele, o personagem da primeira obra teve “uma vida banal e uma morte igualmente sem sentido”.
Sobre a Bíblia, o pastor comenta a morte de Sansão, que teve uma vida “extremamente dinâmica, contudo pouco exemplar”. “Aqui, vemos dois extremos de uma realidade que todos nós iremos experienciar: a morte”, completou o religioso, tentando fazer algum sentido.
“Não temos uma vida sem sentido, mas também não podemos dizer que temos uma vida tal, capaz de marcar a história de uma geração inteira […] Você que se identifica com a realidade da vida humana, é para você que trago essa mensagem. Tem um pouco de desabafo, eu sei. Essa é uma homenagem à minha amiga Karol e, com toda certeza, uma filha que o senhor me deu e que se foi tão rápido. Eu conheci a Karol no dia 19 de julho, exatamente às 18 horas, em uma live, há menos de três meses”, ainda disse o pastor. Wellington Rocha também disse que Karol estava em prantos, dizendo que havia desistido da vida.
“Nunca propomos nenhuma cura. Nós a recebemos do jeitinho que ela estava, nós apenas amamos a Karol. Nós abaraçamos, nós cuidamos de uma pessoa com marcas profundas em sua alma e que estava pedindo socorro. Nesse processo tão rápido, geramos uma filha que nos foi tirada como um aborto, que tira dos pais o seu bebê ainda sem ser formado. Não tinha como não amar a Karol, sempre doce, mas com marcas amargas na alma”, concluiu o religioso.
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Vale lembrar, inclusive, que o pastor fez um alive com Karol Eller, de 36 anos, em 17 de setembro, sobre depressão e renúncia à homossexualidade, feita após um retiro espiritual realizado em Minas, estado onde nasceu. Ela também falou sobre uma carta de suicídio que teria escrito duas semanas antes de fazer o retiro espiritual.