Goiás • atualizado em 01/07/2020 às 15:26

Fiscalização no Araguaia contra acampamentos pode aplicar multas de até R$500 mil

Multas para quem não respeitar o decreto podem chegar à R$ 500 mil
Multas para quem não respeitar o decreto podem chegar à R$ 500 mil

Para evitar a propagação do novo coronavírus em Goiás, o decreto que proíbe a tradicional temporada turística no Araguaia já está em vigor e acampamentos, eventos como shows musicais, festas, caminhadas ecológicas, passeios ciclísticos, corridas e realização de espetáculos estão proibidos ao longo das próximas semanas. O texto passa a valer já nesta quarta-feira (01/07) e as multas variam entre R$ 1 mil a R$ 500 mil.

Desde o dia 18 de junho, a Polícia Militar realiza barreiras sanitárias nas entradas de cidades turísticas, em especial no município de Aruanã. A preocupação do governo é que a grande circulação de turistas de diversos pontos de Goiás e do Brasil possa espalhar a doença pelo Estado e também expor ribeirinhos, indígenas e comunidades vulneráveis, cenário agravado com a precariedade do sistema de saúde do Vale do Araguaia.

Equipes de fiscalização promoveram, nos dois últimos fins de semana, uma série de abordagens educativas e ações junto a turistas e moradores das regiões ribeirinhas ao Rio Araguaia para evitar a montagem de acampamentos e aglomerações.

O trabalho das equipes busca, em um primeiro momento, a conscientização sobre o decreto, com os esclarecimentos sobre o que pode, o que não pode e as multas previstas para quem desrespeitar as determinações. Ao todo, 44 notificações foram feitas, com recomendações para a desmobilização das estruturas encontradas principalmente em Aruanã e em São Miguel do Araguaia.

As ações, previstas para acontecer durante as próximas semanas, reúnem Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Polícia Militar Ambiental, Corpo de Bombeiros, Goiás Turismo e participação da Superintendência do Patrimônio da União em Goiás (SPU-GO), Capitania Fluvial de Brasília, Ministério Público Federal (MPF) e prefeituras municipais.

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Segundo a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, o trabalho dos fiscais foi bem recebido pela população local e pelos poucos turistas encontrados próximos ao rio. “Há menos acampamentos e ranchos montados, com poucas aglomerações. A movimentação, segundo as equipes, é mais familiar. Com a entrada em vigor do decreto, acreditamos que a população está consciente do perigo, uma vez que vivemos um momento crítico da pandemia”, afirma.


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