O governador Ronaldo Caiado apresentou, nesta quinta-feira (22), na sede da Secretaria de Estado da Educação (Seduc-Go), o planejamento para o retorno das aulas presenciais na rede estadual de ensino, que terá início no dia 2 de agosto no modelo híbrido, que irá funcionar em formato de rodízio, ou seja, 50% dos alunos em sala de aula, e 50% à distância. Na ocasião, esteve presente também Fátima Gavioli, secretária de educação de Goiás.
De acordo com Fátima, todo o protocolo de biossegurança foi conduzido durante 90 dias e construído com apoio da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Para o retorno às aulas presenciais, será necessário atender a uma série de medidas.
” O protocolo vai tratar de todos os detalhes de como deve ser essa volta às aulas no dia 2 de agosto. O distanciamento, os cuidados com a alimentação, os cuidados com a parte da higiene das crianças, o recebimento, o acolhimento e as questões socioemocionais. Não foi fácil construir o protocolo porque ninguém tem respostas prontas para a pandemia, mas fizemos um documento e acredito que todos os pais, estudantes e servidores se sentirão seguros ao ler este documento”, diz Fátima Gavioli.
Ainda segundo a secretária, até a última quarta-feira (21), o distanciamento exigido era de 1,5 metro, e pela a deliberação do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Enfrentamento ao Coronavírus de Goiás (COE), ele passou a ser de 1 metro. Além disso, o trabalho será feito por escola e não por turmas, ou seja, sendo metade da quantidade de alunos por dia. ”A escola tem 400 alunos, ela pode trazer 50% da ocupação por dia, antes era 30%”, destaca Fátima.
Para reforçar ainda mais a segurança, segundo a secretária, caminhões da Secretaria de Educação (Seduc) estão passando por todos os municípios goianos fazendo a entrega de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) nas escolas.
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Segundo a secretária, o ensino híbrido irá permanecer, pois é um formato que irá contribuir principalmente para fazer correção de atividade, recuperação de crianças e reforço. ” No dia 2 de agosto as aulas retornam a Goiás de forma híbrida, respeitando a segurança. Mas se os pais por acaso não se sentir seguros e não quiser mandar o filho para a escola, ele precisa me dar a garantia que vai fazer o acompanhamento em casa”, afirma a secretária.
”Atualmente existe uma grande quantidade de famílias que não querem que seus filhos retornem às salas de aulas, mas também não estão fazendo o acompanhamento em casa”, reforça Fátima.
Retomada às aulas
A secretária de educação Fátima Gavioli, comentou também da importância do retorno das atividades presenciais, tanto para alunos quanto professores, mesmo sendo no formato híbrido.
” Essa retomada neste momento, ela é grandiosa, o governo respeitou por um ano e meio todas as notas técnicas científicas do COE, em nenhum momento nós desrespeitamos qualquer tipo de recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas neste momento o COE está nos dizendo ”se quiserem, agora vocês podem fazer a retomada” porque as pesquisas nacionais e internacionais estão demonstrando que os estudantes já não querem mais o ensino remoto, estão adoecidos, estão prejudicados psicologicamente e do outro lado, o professor também está muito fadigado”, ressalta Fátima.
Vacinação
Durante entrevista coletiva com a imprensa, a secretária Fátima Gavioli, afirmou que até o momento 97,2% dos servidores da educação vacinados, 453 servidores que se recusam a ser vacinados e 502 servidores que tomaram a dose única. ”Ao final de setembro, nós teremos então, de acordo com estas estatísticas, 97% dos nossos servidores todos vacinados com segunda dose”, afirma Fátima.
Professores se recusam a se vacinar
Apesar de uma grande parcela de professores que já tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19, 453 servidores recusaram a aplicação do imunizante. Para a Secretaria de Educação do Estado de Goiás, essa minoria apresenta uma ”grande irresponsabilidade”.
Durante entrevista ao Diário de Goiás, Fátima Gavioli foi questionada se estes professores poderiam sofrer algum tipo de penalidade, a secretária destacou que muito pouco ou nada poderá ser feito caso eles sejam efetivos, mas se forem temporários, uma “conversa” poderá ser feita.
”Se eles forem servidores efetivos, não há nada que impeça que eles continuem, embora eu acredite que é uma irresponsabilidade muito grande, tendo em vista que não é só a vida dele que está em risco, mas também das crianças e dos colegas de trabalho. Se ele for efetivo eu não tenho muito o que fazer, se for contratado a gente chama para conversar”, completou.
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