A secretária da Economia de Goiás, Cristiane Schmidt, falou da expectativa e do que espera do Congresso Nacional com, agora, os novos presidentes nas duas Casas para tocarem as reformas necessárias para que o país volte a crescer.
“Eu acho que a pauta do Congresso Nacional é extremamente relevante agora nos próximos dois anos, eu acho que nesses últimos dois anos a reforma da Previdência talvez tenha sido a reforma estrutural mais relevante que aconteceu, mas a gente precisa endereçar outras reformas como a reforma tributária, a reforma administrativa, as apreciações das PECs, a 186 que é a PEC emergencial, a 187 que é a PEC dos fundos e a 188 que é do pacto federativo”, pontuou a secretária em entrevista ao Diário de Goiás.
A expectativa da secretária dá-se pela nova composição das presidências do Senado e Câmara, em eleição realizada na segunda-feira (1/2) em que foram escolhidos o novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
Cristiane Schmdit ressaltou que a situação fiscal do Brasil é delicada e que piorou devido à pandemia da covid-19 e enfatizou que sem a vacina e o fim da pandemia dificilmente o Brasil volta ao normal.
“Obviamente que a nossa atividade econômica ela tem um problema estrutural forte, e que essas reformas vão na direção correta, mas nós tivemos um problema muito sérios que foi a pandemia, foi um problema sanitário, então tem que ser colocado também que em conjuntamente e concomitantemente essas pautas relevantes, nós precisamos de um programa rápido e extenso e que a população entenda de vacinação, pois sem a vacinação, sem o fim dessa pandemia dificilmente a gente vai voltar ao normal. A atividade econômica ela pode ter, tá aparecendo pujante, porque nós tivemos auxílio emergencial para a população, que no caso de Goiás nós recebemos 40%, então foi muita gente que recebeu o auxílio emergencial, os estados e municípios também receberam um dinheiro grande, se não fosse o auxílio, o estado de Goiás teria uma arrecadação menor que à de 2018”, explicou a titular da Economia do estado.
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A secretária lembrou à reportagem do DG que no Brasil houve uma saída muito forte de capital estrangeiro e que isso prejudica ainda mais a recuperação do país.
“O capital estrangeiro não entra facilmente num país se ele tem expectativas ruins, se há incertezas jurídicas e foi o que nós observamos, nossa balança de pagamento, a gente pode ver que houve uma saída de capital muito forte, o nível de capital estrangeiro caiu pela metade, os estrangeiros tiraram dinheiro e investimentos diretos do país e isso é ruim, a gente precisa fazer com que ele volte”, concluiu Schmidt.
Com os parlamentares Lira e Pacheco no Congresso Nacional, em tese alinhados ao Planalto, isto é, ao ministro da Economia, Paulo Guedes, alguns analistas acreditam que as reformas, a pauta econômica que se refere Cristiane Schmidt, possam ser colocadas o quanto antes no Congresso e possam ser aprovadas, com este elemento o otimismo do mercado no país poderia crescer.
Já há também quem não seja muito otimista em relação ao futuro econômico do país, tendo em vista que os ex-presidentes Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) também eram alinhados nas pautas econômicas com o presidente da República, contudo havia uma reclamação que essas pautas não chegavam nem à Câmara e nem ao Senado.