O prefeito de Trindade, Marden Júnior (Patriotas) anunciou em uma live neste sábado (20/03) que a cidade adotará para os próximos dias o escalonamento regional, nos moldes do utilizado por Aparecida de Goiânia. A prática não atende aos pedidos do governador Ronaldo Caiado (DEM) e do Ministério Público que orientam a adoção na íntegra do decreto estadual para cidades inseridas em situação de “calamidade”, o que é o caso de Trindade. O texto estabelece uma novidade: fechamento total das atividades às quartas-feiras e domingos.
Aos sábados, às atividades deverão funcionar até as 13h. Estão proibidas quaisquer tipo de festas, mesmo as organizadas em residências particulares, além de estabelecimentos que comercializem bebidas alcoólicas.
Ficam caracterizadas como atividades essenciais e podem ser abertas em qualquer dia da semana os serviços ligados às áreas de saúde, agências lotéricas e bancárias, cemitérios e funerárias, de assistência social focados em prestar atendimento a pessoas com vulnerabilidade. As escolas infantis, fundamental e médio podem funcionar com 30% da sua capacidade, mas não pode haver atividades coletivas.
No anúncio do decreto, Júnior destacou que antes de definir os novos termos para o decreto, teve a chance de conversar com diversos “comerciantes e lideranças”. Citou o governador Ronaldo Caiado (DEM), além de representantes comerciais como Marcelo Baiocchi, presidente da Fecomércio-GO. “Quando a gente fala da vida humana, a gente fala da vida financeira e econômica do nosso município. Então é unir esforços para sair dessa pandemia da covid-19 o mais breve possível, para isso é necessário ouvir e falar com as pessoas. Entender o que as pessoas estão percebendo neste momento”, pontuou.
Apesar da pressão do governador Ronaldo Caiado e do Ministério Público, Trindade optou por não seguir o decreto estadual. O prefeito, no entanto, destacou que não pretende brigar com ninguém. “Diante da nota técnica, nós não estamos aqui como adversários de ninguém. Nós estamos ao lado da nossa população e ao lado dos poderes para unir esforços”, explicou.