(Foto: Agência Brasil).
Após os recentes ataques da Rússia à Ucrânia, o mundo todo entra em estado de alerta. Explosões foram registradas em todo o território ucraniano, e no desespero, a população ucraniana tenta busca refúgio de sobrevivência em países vizinhos.
Enquanto isso, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que todo esse conflito se trata de uma “operação militar” e afirmou também que se alguma outra nação tentar intervir sofrerá consequências.
Portanto, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou o rompimento das relações diplomáticas entre ambos os países.
Afinal, todo esse conflito entre as duas nações, poderia ter sido evitado?
O historiador e analista político, Cristian de Paula Júnior, explica um pouco mais sobre essa tensão entre Rússia e Ucrânia. Em entrevista ao jornal Diário de Goiás, nesta quinta-feira (24), Paulo explica que desde 2014 esse conflito já vinha se desenvolvendo. Conforme explica o professor, a Rússia já havia feito a solicitações para que a Otan não avançasse muito ao leste de seu território.
O historiador lembra dos ataques que a Rússia sofreu pelo ocidente. Como por exemplo, em meados de 1811 e 1812, quando Rússia foi invadida pelo império francês de Napoleão. E também na Segunda Guerra Mundial, quando o território russo foi invadido, mais específico sua região leste, pelo exército Nazista.
‘’Então, a Rússia já tem um certo histórico em desconfiar do Ocidente quando o mesmo está avançando rumo ao leste’’, explica.
Segundo o historiador, a Rússia também já vinha fazendo solicitações para que a Otan cumprisse o acordo que foi feito em torno de 1975, de que a Otan não avançaria rumo ao leste após a unificação da Alemanha, que aconteceu logo após a queda ao Muro de Berlim, em 1989.
O professor Cristian explica que, a entrada da Ucrânia na Otan, significaria, obviamente, a colocação de armas na fronteira com a Rússia. O professor ainda ressalta que isso nos remete a um mundo já polarizado entre EUA e o bloco de aliança formada entre a Rússia e a China.
O professor aponta que a situação ficou ainda mais complicada em 2014, onde a Rússia começa a adquirir uma projeção internacional como uma grande competidora dos EUA, pelo menos desde 2010.
Nesta época, a Rússia e a China têm alcançado uma relevância no comércio internacional, e a partir desse momento, elas começam a se impor como grandes rivais comerciais e tecnológicos industriais dos EUA.
‘’É da estratégia estadunidense, tentar seciar esse desenvolvimento através de organizações como Otan. Eles vão sempre tentando constranger tanto a Rússia quanto a China’’, explica o professor que lembra ainda sobre os conflitos comerciais ainda existente entre EUA e China, ‘’sendo considerada uma espécie de guerra fria’’, frisa.
O professor reforça que, por mais que hoje a Rússia está no centro do conflito, é preciso lembrar que existem outros problemas. Cristian destaca que o EUA já tem um histórico de ‘espionagem’.
Assista a entrevista completa do históriador ao jornal Diário de Goiás na íntegra:
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