Titan • atualizado em 20/06/2023 às 19:41

Submarino desaparecido: melhores e piores cenários sobre viagem turística até o Titanic

A maioria das hipóteses, infelizmente, são pessimistas em relação ao equipamento e os cinco tripulantes
Submarino está desaparecido desde domingo (18) e envolve uma grande operação de buscas. (Foto: reprodução)
Submarino está desaparecido desde domingo (18) e envolve uma grande operação de buscas. (Foto: reprodução)

Para uma expedição tão perigosa quanto a descida aos destroços do Titanic, há uma longa lista de possíveis erros que podem ter sido cometidos pela empresa do submarino desaparecido. Isso é o que o jornal ‘The Guardian’ e tantos outros tem informado ao descobrir que a OceanGate Expeditions, responsável pelo “passeio”, colocaram pessoas em risco sem possíveis verificações de segurança.

Ainda acordo com reportagem do ‘The Guardian’, especialistas da indústria disseram que os preparativos pré-mergulho incluiriam, ou deveriam, incluir verificações na estrutura do submersível e em todos os sistemas mecânicos e elétricos da embarcação. Isso visa garantir que tudo esteja bem antes do início da descida: que o casco esteja em boas condições, que as baterias estejam carregadas, que não haja curtos-circuitos ou falhas elétricas, que os propulsores funcionem, que as comunicações de rádio e acústica estejam funcionando e que o submersível possa largue os pesos que carrega quando chegar a hora de ressurgir.

O próprio Titanic é uma estrutura perigosa na qual um submersível pode ficar preso, mas redes de pesca perdidas e outros materiais à deriva no local ou perto dele também podem representar um perigo de emaranhamento. Uma expedição normalmente planeja manter uma distância segura dos destroços, embora fortes correntes submarinas possam tornar isso um desafio.

De acordo com o texto, esperava-se que o submarino desaparecido passasse duas horas descendo até o Titanic, algumas horas explorando o local e mais duas ressurgindo, mas não voltou. O contato foi perdido com o Titã uma hora e 45 minutos após o início da expedição.

Apesar dos rumores e suposições, é fato que o submarino chamado Titan segue desaparecido e que seu tempo de oxigênio deve se esgotar na quinta-feira (22). Com isso, há possibilidades do que pode ser o melhor cenário do resgate e, claro, o pior.

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A melhor hipótese para os cinco tripulantes que estão no submarino serem encontrados com vida, é caso o submarino seja encontrado flutuando por aí ou, no máximo, se for encontrado o quanto antes. Isso, por que, caso seja encontrado logo, máquinas podem recuperá-lo antes que o ar se esgote. Como o local é muito profundo, cerca de 4 mil metros, não há como mergulhadores ajudarem.

A pior das hipóteses, porém, é se houve algum defeito no submarino que fez com que ele sofresse algum tipo de rompimento. Neste caso, todos os cinco tripulantes não teria sequer qualquer chance de sobreviver. Outra hipótese ruim é se o submarino for encontrado intacto, mas não for resgatado a tempo. O ar pode acabar e as pessoas dentro da embarcação sufocarem.

Ainda de acordo com alguns relatos publicados, o Titan não tinha farol acústico e já havia se perdido antes, o que faz com que haja esperanças. Apesar disso, no caso de uma grande falha de energia, o Titan deveria ter baixado seus pesos, ressurgido e feito contato de rádio imediato com a embarcação de apoio – desde que as comunicações de rádio tivessem uma fonte de alimentação separada.

Se o Titan emergiu por algum motivo, o perigo para a tripulação ainda não acabou: a escotilha parece estar trancada por fora, o que significa que quem está dentro ainda precisará contar com oxigênio de emergência para respirar.

Outra possibilidade ruim é um incêndio na cabine. O ar em um submersível tende a ser enriquecido com oxigênio, tornando os incêndios mais arriscados. Por esse motivo, cremes e maquiagem à base de petróleo são normalmente proibidos em mergulhos profundos, mas os incêndios ainda podem ocorrer e produzir rapidamente uma fumaça que intoxica quem está a bordo. Uma subida de emergência ainda deve ser possível neste caso.

As hipóteses, porém, continuam e são intermináveis. A maioria, infelizmente, não garante a sobrevivência da população. Por exemplo, se a embarcação perdeu energia, as temperaturas dentro da cabine teria caído rapidamente para 4 graus, difícil de ser encarada se a pessoa não tiver formas de se aquecer.


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