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Humoristas defendem Léo Lins após decisão judicial por piadas sobre escravidão

Léo Lins

O humorista Léo Lins. (Foto: reprodução)

Dentre os defensores estavam Fabio Porchat e Fábio de Luca

O humorista Léo Lins foi obrigado a apagar um especial de comédia de seu canal no YouTube depois de uma decisão judicial. O vídeo, que já acumulava mais de 3,3 milhões de visualizações, mostrava ele fazendo piadas sobre minorias e até escravidão. Por este motivo e após um pedido do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), acatado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a ordem foi de retirar conteúdo.

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De acordo com a juíza Gina Fonseca Correa, a gravação, com mais de 3 milhões de visualizações, estaria “reproduzindo discursos e posicionamentos que hoje são repudiados”.

A “campanha” para divulgação dessas informações foi feita pelo próprio humorista. Segundo Léo Lins, a retirada do vídeo deve “abrir um precedente perigoso para a comédia e arte em geral”. Em algumas publicações de suas redes sociais, ele fez uma contagem regressiva para o banimento do material junto de alguns desabafos.

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“Esse processo tem consequências absurdas. Há muito mais em jogo. A justificativa para remover meu show de stand-up pode ser usada basicamente para remover 95% dos especiais de humor. Fora pedidos, a meu ver, desproporcionais por contar piadas num palco de teatro igualando uma expressão artística a um ato criminoso”, escreveu.

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Além da ordem da Justiça em retirar o conteúdo, Léo Lins também foi proibido de deixar a cidade de São Paulo sem autorização da Justiça e ordenou que ele compareça mensalmente em juízo para justificar todas as suas atividades. A defesa do humorista, por sua vez, repudiou a decisão e informou que recorrerá. “Entendemos que isso configuraria censura prévia, o que é proibido pela Constituição.”

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Dois humoristas, até agora, saíram em sua defesa. São eles Fábio Porchat e Fábio de Luca. Porchat disse, entre outras palavras e também em suas redes sociais, que “se a piada não incitou o ódio e a violência, ela é só uma piada (…) É só não assistir”. Veja na íntegra.

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Carlos Nathan: