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Isolamento social é oportunidade para pais se aproximarem dos filhos

Será que os pais gostariam de ser mais presentes e ter mais tempo com a família?  Para 97% deles a resposta é sim. Foi o que constatou uma pesquisa realizada pela Catho ano passado com mais de 1,6 mil pais.  Entre os momentos que mais fazem falta durante a rotina, destacaram-se passeios em família (32%) e estar mais presente em momentos importantes (30%). Segundo o levantamento, participar da educação (20%) e brincar (14%) com eles também faz falta durante a correria do dia a dia. No entanto, com a pandemia do novo coronavírus e o distanciamento social praticado nos últimos meses, este cenário mudou para muitos pais.

O agente autônomo de investimentos da V Corp Capital, Marcelo Estrela, sempre se considerou um pai presente na vida dos filhos, Ana Francisca de 5 anos e Benjamin, de 2. Mas agora está conseguindo aproveitar um pouco mais o tempo com os filhos. “O meu trabalho me permite administrar bem minha agenda, então eu sempre dividi os cuidados com as crianças com minha esposa. Inclusive, alguns clientes já até sabiam que das 17h às 20h era um tempo que dedicava aos meninos e topavam reunir às 21h, por exemplo”, conta ele sobre a rotina antes da quarentena.

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Como seus filhos ainda estão pequenos e não tiveram atividades escolares, Marcelo relata que com o isolamento social e o trabalho home office aumentou o período de brincadeiras com as crianças. “Eu sempre procuro tirar alguns momentos de intervalo para interagir, programo uns cinco minutos que acabam virando 20. E as brincadeiras são variadas, carrinho, boneca, pique-esconde, corrida, jogos”, ressalta ele, que também busca alternar o uso de equipamentos eletrônicos.

Um ponto destacado pelo autônomo durante estes novos tempos de home office é uma maior compreensão das pessoas quanto aos cuidados com os filhos. “Percebo que hoje em dia as pessoas aceitam mais esses cuidados com as crianças, é comum vermos em reuniões onlines ou lives pais que pedem para se ausentar por um momento para cuidar do filho. E tem dias que as crianças estão mais tranquilas, outras nem tanto. Então as pessoas estão mais compreensivas com esse tipo de situação”, salienta.

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Com a flexibilização do isolamento, Marcelo voltou a frequentar seu escritório algumas vezes por semana e os filhos já sentiram essa volta da rotina adulta, pois as aulas deles ainda não retornaram. “As crianças já estão sentindo essa retomada do trabalho e cobrando a presença, percebi que quanto maior a atenção que damos, mais eles querem. Porém, como eles ainda são pequenos, não entendem muito tudo o que está acontecendo, porque ficamos mais em casa, por que isso está acabando. Então, é preciso ter paciência e tentar suprir essa atenção para eles”, afirma.

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Altair Tavares: