A cidade de Abadiânia, município de 20 mil habitantes no interior de Goiás, foi recriada em plena São Paulo para que a série “João sem Deus – A Queda de Abadiânia” pudesse contar uma das histórias recentes mais marcantes do estado. Protagonizada por Marco Nanini, a produção tem um enredo do que houve meio à ausência do poder público e a muito misticismo do pequeno município.
“O convite para participar de ‘João Sem Deus’ me fez mergulhar na história que inspira a série. Foi um grande desafio interpretar essa personagem, mas o roteiro excelente, uma diretora muito talentosa, uma produção cuidadosa e um grupo de atores que admiro fizeram com que tudo corresse muito bem”, disse Marco Nanini em entrevista.
A estreia da série no Canal Brasil e no Globoplay está marcada para a sexta (13) e retoma o frenesi midiático que rondou o caso quando os crimes vieram à tona, em dezembro de 2018. Esta vai ser a terceira produção sobre o tema, sendo que as últimas duas foram documentários: “Em Nome de Deus”, do Globoplay, e “João de Deus: Cura e Crime”, da Netflix.
A série que sai agora, porém, se distância dessas produções e das reportagens que inundaram o noticiário televisivo, já que se trata de interpretação e ficção. A produção é dirigida por Marina Person e os episódios dão ênfase a três vítimas imaginárias, mas baseadas num trio de perfis observados entre as mais de 300 mulheres que foram abusadas.
Além de Marco Nanini, também fazer parte do elenco da série as atrizes Bianca Comparato e Karine Teles. O roteiro é assinado por Patrícia Corso e Leonardo Moreira, com a colaboração de Giuliano Cedroni e Luiz Filipe Nóe.
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Vale lembrar que João Teixeira de Faria, o João de Deus, denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), foi condenado a mais 99 anos, 8 meses e 15 dias de reclusão por 5 crimes de estupro de vulnerável, 2 de estupro e 4 de violação sexual mediante fraude, referentes a 2 ações penais. Somadas a estas, já são 11 as condenações por crimes sexuais a ele impostas.
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