A Polícia Federal (PF) concluiu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) cometeu crime por estimular as pessoas a não usarem máscaras de proteção facial para evitar a contaminação da Covid-19, e por associar o uso da vacina a um suposto desenvolvimento da Aids. As informações são do jornal O Globo.
O inquérito foi aberto após pedido da CPI da Covid e o relatório final aponta que Bolsonaro escolheu não prestar depoimento. O material foi encaminhado para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O caso deve ser concluído na primeira instância judicial, já que Bolsonaro perderá o foro privilegiado ao deixar a Presidência da República na próxima semana.
Além do presidente, a PF também atribui crimes ao ajudante de ordens presidencial, o tenente-coronel Mauro Cid, apontado como responsável pela produção do material divulgado em uma live, em outubro do ano passado, onde Bolsonaro afirmou, citando um suposto estudo atribuído ao imunologista Anthony Fauci, que “a maioria das vítimas da gripe espanhola não morreu de gripe espanhola, mas de pneumonia bacteriana causada pelo uso de máscara”.
Na época o vídeo foi removido do Youtube, do Facebook e do Instagram por violar as diretrizes das plataformas à respeito da desinformação sobre a Covid-19.
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