O Tribunal de Contas da União (TCU) teria identificado 128 presentes recebidos de autoridades estrangeiras que deveriam ter sido incorporados ao patrimônio da União, mas foram indevidamente registrados ao acervo privado de Jair Bolsonaro (PL), quando presidente. As informações são da CNN.
Ainda de acordo com a CNN, os auditores da corte afirmaram que 111 presentes não se encaixam no perfil de “itens personalíssimos” e, por isso, deveriam estar no acervo público. Já os outros 17 itens têm valor comercial muito elevado e, por isso, também deveriam estar incorporados ao patrimônio público.
Por isso, um documento teria sugerido que o atual governo fizesse uma análise completa de tudo que foi recebido durante os quatro anos de mandato de Bolsonaro diante dos indícios de irregularidades. Isso por que há registros de 9.158 presentes “de origens diversas” recebido por Bolsonaro, mas que há descuido na documentação desse material.
“Não foram identificadas quaisquer fundamentações aptas a justificar a distribuição dos itens entre os acervos público (patrimônio da União) e documental privado do Ex-Presidente”, diz trecho do documento conseguido pela CNN.
Ainda segundo os técnicos da corte, alguns itens recebidos por Bolsonaro nem foram nem registrados. Onze presentes ofertados, por exemplo, ao então presidente e à ex-primeira-dama não foram contabilizados e, por isso, os auditores recomendam que o governo Lula instaure procedimento para reavaliar os bens que foram recebidos.
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A defesa de Bolsonaro, por sua vez, representada pelo advogado Fabio Wajngarten, afirmou, também à CNN, que a classificação dos presentes cabia ao GADH (Gabinete de Documentação Histórica) e não tinha nenhum envolvimento do ex-presidente da República.
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