O ex-presidente do Brasil também será citado por desmonte de controles que combatem a tortura no Brasil
A Organização das Nações Unidas (ONU) irá aproveitar o encontro do Comitê Contra a Tortura, que ocorre nesta quarta-feira (19) e quinta-feira (20), em Genebra, na Suíça, para informar Bolsonaro será denunciado. A entidade vai examinar a situação da tortura no Brasil durante o governo do ex-presidente entre 2019 e 2022. As informações são do colunista Jamil Chade, do UOL.
A ocasião contará com alertas sobre como, nos últimos quatro anos, o país também passou por um desmonte das ferramentas e políticas de combate à tortura, incluindo aspectos como trabalho escravo e a apologia à ditadura e tortura por parte do ex-presidente. A exato um mês a ONG Conectas já havia informado que levaria informações à ONU, quando denunciaram que o Brasil “retrocedeu” nas ações de combate à tortura durante 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas).
Informações do colunista ainda dão conta de que o governo Bolsonaro chegou a apresentar um informe sobre a situação no Brasil. Mas fez manobras para que todas as informações apenas tratassem do cenário nacional até 2018. Ou seja, antes de Bolsonaro assumir o país, nem citando sequer o desmonte no documento oficial, o que gerou um profundo mal-estar entre os peritos da ONU, cientes de que o gesto havia sido uma tentativa de esconder informações.
Por sua vez, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva promete mostrar como a última gestão cortou recursos e asfixiou mecanismos de controle de tortura. Vale lembrar que Bolsonaro será denunciado e o volume de denúncias têm sido cada vez maior pois, uma vez sem foro privilegiado e outros benefícios como os de quando era presidente, facilitam que ele seja investigado e punido, caso seja realmente culpado das coisas pelas quais está sendo intimado.
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