Política • atualizado em 18/09/2025 às 16:00

Caiado classifica Pec da Blindagem como “erro da Câmara” e cobra reação do Senado

Governador afirma que medida afasta Congresso da sociedade e abre espaço para atuação de facções criminosas
Foto: Divulgação/ Governo de Goiás
Foto: Divulgação/ Governo de Goiás

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), criticou a chamada PEC da Blindagem e disse esperar que o Senado rejeite a proposta aprovada pela Câmara dos Deputados. A manifestação foi feita em publicação nas redes sociais.

Segundo Caiado, a medida representa um afastamento do Parlamento em relação à sociedade e pode estimular a entrada de líderes de facções criminosas na política, em busca de imunidade judicial. “A PEC da Blindagem, se for mesmo aprovada, representa o divórcio do Congresso Nacional com o povo brasileiro e terá consequências nefastas para a política nacional”, afirmou.

O governador acrescentou que a proposta funcionaria como “um convite para o crime organizado entrar no Congresso pela porta da frente, disputando voto nas urnas, para proteger os chefes das facções do alcance da Justiça”. Ele disse confiar que os senadores corrijam o que chamou de “erro da Câmara”.

A PEC foi aprovada em dois turnos na Câmara na noite de terça-feira (17), em sessão que avançou pela madrugada, com votação remota autorizada. O texto estabelece que, para processar deputados e senadores no Supremo Tribunal Federal (STF), será necessária autorização prévia do Congresso.

Críticos apontam que a medida dificulta a responsabilização de parlamentares e enfraquece o combate à corrupção. A decisão final caberá agora ao Senado.

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Íntegra do pronunciamento de Caiado
“A PEC da Blindagem, se for mesmo aprovada, representa o divórcio do Congresso Nacional com o povo brasileiro e terá consequências nefastas para a política nacional. Ela é um convite para o crime organizado entrar no Congresso pela porta da frente, disputando voto nas urnas, para proteger os chefes das facções do alcance da Justiça. Espero que o Senado corrija o erro da Câmara e rejeite a proposta.”


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Altair Tavares

Editor do Ciberjornal que sucedeu desde fevereiro de 2025 todo o conteúdo do blog www.altairtavares.com.br . Atuante no webjornalismo desde 2000. Repórter, comentarista e analista de política. Perfil nas redes sociais: @altairtavares