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Direção da PRF nega ter se omitido e permitido bloqueios de rodovias

Diretoria da Polícia Rodoviária Federal. (Antônio Cruz / Agência Brasil).

Durante entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (1º) em Brasília, a direção da Polícia Rodoviária Federal (PRF) negou que o órgão tenha se omitido e demorado em ação que impedisse manifestantes de interditarem o tráfego de veículos em trechos de algumas das principais rodovias federais do país.

Seis diretores do órgão, além do corregedor-geral, Wendel Benevides Matos, afirmaram que foram surpreendidos com a velocidade com que as interdições e bloqueios se espalharam após o resultado final das eleições, na noite do último domingo (30).

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A primeira interdição foi registrada no Mato Grosso do Sul, por volta das 21h15 do domingo. “Após quatro horas, já eram 134 interdições, bloqueios e pontos de concentração. No dia 31, à noite, já eram 290 e, próximo a zero hora de hoje, já eram 421, o ápice do movimento”, narrou o diretor de Inteligência da PRF, Luís Carlos Reischak Júnior.

Ainda segundo os diretores da PRF, embora o número de policiais rodoviários federais de plantão já tivesse sido reforçado devido às eleições; os setores de inteligência tivessem antecipado diferentes situações que poderiam acontecer conforme os possíveis resultados das eleições e uma operação (a Operação Eleições 2022, deflagrada para coibir crimes eleitorais e garantir a segurança dos eleitores nas rodovias federais) estivesse em curso, o órgão não estava preparado para responder de imediato à rápida “escalada da crise”.

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“O fato é que a crise escalou muito rápido”, reconheceu Reischak. Ele diz que vários cenários foram projetados, independente de quem vencesse as eleições “mas não tínhamos nenhum elemento que [indicasse] uma crise desta envergadura. Obviamente, se tivéssemos esta certeza, um grau de convicção mais elevado, teríamos assessorado nossos gestores para que mobilizassem os recursos já durante o sábado ou domingo”, acrescentou o diretor de Inteligência. (As informações são da Agência Brasil).

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Leonardo Calazenço: