Política • atualizado em 05/10/2016 às 17:29

“Lamaçal de sujeiras”, desabafou delegada derrotada para vereadora

Com 345 votos para vereadora de Goiânia, a delegada Adriana Carvalho obteve uma votação baixa na candidatura pela coligação PR/PMN (Mesma chapa do candidato a prefeito Waldir Soares). “Essa foi a pior experiência que já pude ter na vida”, disse ela, em divulgação no perfil pessoal no Facebook.

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A delegada, em seu desabafo, foi mais além e classificou a política como um “lamaçal de sujeiras que é o dia-a-dia de quem coordena um partido político” e de “pessoas que não estão nem aí para ninguém”. Sem citar nomes, o desabafo é um relato de quem, pela votação que teve, está profundamente decepcionada por promessas não cumpridas.

Em um trecho bastante contundente, a delegada afirmou: “a política goiana que vivi e as pessoas que nela estão, só não fedem a gosto de um esgoto a céu aberto , porque, provavelmente, não sei, devem tomar banhos diários.”. 

No desabado, que poderia ser esclarecido, a delegada deixa a entender que políticos e eleitores estão cercados por desejos pouco republicanos quando afirmou: “pessoas que existem por aí, que mais parecem animais irracionais atrás de poder e dinheiro” venham eles de onde vierem. Não contabilizo como experiência de vida, principalmente pelo fato de que, a vida que levo, não inclui bandidagem e pessoas dissimuladas, sem brio e sem caráter”. 

“O Brasil não tem jeito”, concluiu a delegada.

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LEIA A ÍNTEGRA: O desabafo da delegada Adriana Carvalho, publicado no dia 03 de outubro, no perfil dela.

“Hoje é dia 03 de outubro de 2016. Primeiro dia após seis meses de uma convivência íntima com o que é a política goiana. Desde o mês de abril, afastada das minhas atividades como delegada, é que posso dizer de carteirinha, que, essa foi a pior experiência que já pude ter na vida. Fui convidada a estar ao lado de pessoas que não estão nem aí para ninguém. Tiram você do seu sossego pessoal e profissional e, em questões de minutos, você se vê envolvida no lamaçal de sujeiras que é o dia-a-dia de quem coordena um partido político. Não estou generalizando, nem sei o que se passa no resto, mas sei o que pude assistir e sentir na pele as promessas não cumpridas, aquele jogo de barganha, vivem única e exclusivamente de mentiras.

Quando dei por mim, já tinha virado massa de manobra de gente que acabava de conhecer. E como sair depois de já ter entrado? Não sou de desistir de nada. Então… Veremos… Justo eu que sempre realizei meus projetos de forma tão honesta e verdadeira.

É horrível você estar nas mãos de pessoas que enganam, que nasceram para serem atores, que, com certeza, irão lançar o nome das pessoas de bem na lama e o fazem, certamente, com essa intenção. Viramos objetos em mãos levianas como as deles. Por isso, agora posso afirmar com certeza, que a política goiana que vivi e as pessoas que nela estão, só não fedem a gosto de um esgoto a céu aberto, porque, provavelmente, não sei, devem tomar banhos diários.

Seria uma experiência tranquila e válida se as condições que disseram existir estivessem lá disponíveis para serem realmente utilizadas pelos candidatos, a maioria induzida a erro. Candidatos que não querem ou dispõe de patrimônio milionário para a gastança eleitoreira e que têm em mente, dar o melhor de si numa disputa, onde quem vence é o mérito e não aqueles que manobram tudo e todos.

Para mim, essa experiência valeu para conhecer o tipo de pessoas que existem por aí, que mais parecem animais irracionais atrás de poder e dinheiro, venham eles de onde vierem. Não contabilizo como experiência de vida, principalmente pelo fato de que, a vida que levo, não inclui bandidagem e pessoas dissimuladas, sem brio e sem caráter.

O que fica é que está cada dia mais difícil confiar em quem diz que é amigo, que entra em sua casa, participa da sua vida, chega a ir em seu local de trabalho, dizer que é um projeto que somente engrandece as relações. Da forma que as coisas são feitas, infelizmente, o Brasil não tem jeito. Está acabado há muito tempo, pois os politiqueiros nem lembram que o povo existe. Se arrependimento matasse… Ai de mim!”

 


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