Falhas atingem ações como o Auxílio Emergencial, Auxílio Brasil, Auxílio-Taxista e Auxílio-Caminhoneiro
Após semanas de investigação nos gastos de programas sociais nos anos da gestão de Jair Bolsonaro (PL), em 2022, relatórios divulgados pela Controladoria-Geral da União (CGU) apontaram falhas graves de execução da distribuição de dinheiro.
Trata-se do movimento de centenas de bilhões de reais envolvendo ações como o Auxílio Emergencial, Auxílio Brasil, Auxílio Gás, Auxílio-Taxista e Auxílio-Caminhoneiro. Na última sexta-feira (2), por exemplo, a CGU afirmou que foram feitos pagamentos indevido de quase R$ 2 bilhões em auxílios do governo Bolsonaro a taxistas e caminhoneiros em 2022. Já no Auxílio-Brasil, foram R$ 3,89 bilhões em pagamentos irregulares.
Irregulares por que foram pagos a pessoas que não precisavam ou não se encaixavam no perfil exigido para o recebimento do dinheiro. Conclusões do documento da CGU ainda dizem que a distorção no valor das demonstrações contábeis do ministério chega a R$ 6,34 bilhões, ultrapassando “os critérios de materialidade para fins de emissão de opinião”.
Esse dinheiro não é novidade, na época da pandemia já se falava sobre pessoas recebendo os valores indevidamente. Então, agora, auditores do ministério calcularam que os pagamentos irregulares dentro do programa, feitos em 2020 e 2021, somam R$ 7 bilhões e que, deste valor, R$ 4,412 milhões, foram efetivamente processados para serem cobrados, ou seja, 0,06%.
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No fim, para a CGU, estes valores mostram que houve inconformidades e que elas “evidenciam a existência de fragilidade nos controles internos relacionados ao processo de prestação de contas de recursos transferidos por meio de transferências voluntárias, demandando aprimoramentos para que o Ministério se assegure da regular aplicação dos recursos que transfere e busque o ressarcimento de eventuais recursos mal aplicados”. Basicamente, falta de controle e organização do governo anterior.