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Médico explica importância do IMC e quando cálculo de volume do corpo é necessário

importância do IMC índice de massa corpórea

Foto: reprodução

Índice de massa corpórea ajuda a entender desenvolvimento de doenças, mas também formou estigmas na sociedade

Desde cedo, nas escolas do Brasil, as crianças são ensinadas a calcular o IMC (Índice de Massa Corpórea) para entender a importância desse método na saúde. Afinal, há quase 200 anos essa fórmula ajuda pesquisadores a entenderem a relação entre a massa de pessoas e o desenvolvimento de doenças e condições crônicas. De uma forma ampla, para a sociedade, o resultado que esse mecanismo traz funciona, mas de uma perspectiva mais pessoal, acaba ajudando a criar estigmas sobre pessoas abaixo ou acima do peso, ou serem completamente desnecessários.

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Quem explica é o médico nutrólogo e intensivista, José Israel Sanchez Robles ao citar pesquisas e situações relacionadas ao IMC. “Pessoas com alto índice de massa no corpo têm maior risco de doenças crônicas, incluindo doenças cardíacas, pressão alta, colesterol alto, diabetes tipo 2 e pelo menos 13 tipos de câncer, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Porém, também acaba agrupando indivíduos e dividindo pessoas ou sendo dispensáveis”, pontua, exemplificando em casos onde uma pessoa é muito pesada por ser muito musculosa. “Neste caso, o IMC não ajuda”.

José Israel lembra que músculo e osso pesam mais do que gordura e ocupam “menos espaço”. “Além disso, no caso das mulheres, ter um pouco mais de gordura do corpo em relação aos homens também é normal”.

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De toda forma, é importante que as pessoas saibam fazer o cálculo e acompanhar a evolução da sua massa corporal, caso não sejam musculosas, claro. “Hoje em dia há calculadoras de IMC em diversos sites, basta procurar, mas quem quiser fazer por conta própria, basta dividir o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em metros)”, explica o médico.

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O resultado, conforme definido atualmente, é separado, normalmente, em três faixas: abaixo, no ideal ou acima. Um IMC entre 18,5 e 24,9 é um peso saudável, entre 25 e 29,5 é sobrepeso, entre 30 e 34,9 é obeso, entre 35 e 39,5 é obesidade de classe 2 e qualquer coisa acima de 40 é “grave” ou obesidade de classe 3, que costumava ser chamado de obesidade mórbida. As pessoas são consideradas abaixo do peso se seu IMC for inferior a 18,5.

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“Se você for uma pessoa que não se alimenta bem e não se exercita, fez o cálculo e está abaixo de 18,5 ou acima 25, é importante que procure um médico, faça exames, e se atente à sua condição. Não que esta pessoa estará automaticamente doente, mas pode vir a desenvolver doenças ou condições futuras que prejudiquem a saúde”, reforça José Israel.

O especialista porém, ressalta que “peso não é saúde”, e que magreza ou gorduras extremas não querem dizer que a pessoa é doente, mesmo que seja necessário um acompanhamento médico para evitar o pior, assim como quem tem um IMC entre 18,5 e 25 não está imune a doenças como problemas cardíacos, diabetes e outras com ou sem fatores genéticos.

O médico assegura, em contraponto ao IMC, que há uma maneira bem simples de analisar o sobrepeso “não saudável” em adultos. “Basta medir a circunferência da cintura. Os homens precisam ter uma medida inferior a 101 cm e as mulheres devem ter menos de 89, se for acima disso, há a probabilidade de haver gordura intra-abdominal e isso torna mais provável o surgimento de complicações de saúde”, conclui José Israel.

Categorias: Saúde
Carlos Nathan: