No vasto oceano de informações relacionadas à saúde, por vezes, doenças graves como a meningite são relegadas ao esquecimento. É crucial, contudo, manter em mente que surtos dessa terrível inflamação, como os ocorridos no início dos anos 70 e, mais recentemente, em 2022, foram resultado da falta de informação aliada à disseminação de desinformação, uma triste realidade que assola nossa sociedade em diversas formas nos dias atuais.
Nesse contexto, o médico nutrólogo e intensivista, Dr. José Israel Sanchez Robles, ressalta que a meningite é uma infecção que impacta as membranas protetoras que revestem o cérebro e a medula espinhal, conhecidas como meninges. “Trata-se de uma condição de extrema seriedade que desencadeia inflamação e pode ser causada por diversos agentes infecciosos, tais como vírus, bactérias e outros patógenos. Portanto, é imperativo compartilhar conhecimento sobre a meningite, visando contribuir para a prevenção e identificação dos sintomas, especialmente entre os grupos vulneráveis”, destaca o experiente especialista.
O médico lembra também que uma das medidas mais eficazes na prevenção da meningite, e que não pode ser esquecida, é a vacinação. “Existem diversas vacinas disponíveis, abrangendo a proteção contra a meningite bacteriana, como aquela causada pelas bactérias dos tipos B ou C. É essencial assegurar que os idosos recebam suas vacinas em dia”, adverte o doutor.
Para além da vacinação, o especialista indica como indispensável a boa higiene, como lavar as mãos regularmente com água e sabão, para evitar a propagação de germes que podem causar meningite e, consequentemente, outras doenças. “Pacientes idosos devem evitar o contato próximo com indivíduos que apresentem infecções respiratórias, já que algumas delas podem desencadear a meningite”, adverte o médico.
Sobre os tipos de meningite, o médico diz que a viral é a mais comum e, geralmente, iniciada por vírus intestinais. Por outro lado, a meningite bacteriana, embora menos frequente, possui maior gravidade, sendo principalmente causada pelas bactérias pneumococo e meningococo. Por fim, a meningite fúngica, como o nome sugere, é uma ocorrência menos comum, sendo provocada por fungos.
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Em situações em que haja suspeita da doença, o médico alerta que os sintomas da meningite podem variar conforme o tipo de infecção. Eis os sintomas mais comuns associados à inflamação:
- Febre elevada
- Náusea e vômito
- Rigidez no pescoço
- Intensa dor de cabeça
- Sensibilidade à luz (fotofobia)
- Confusão mental ou irritabilidade
- Manchas vermelhas na pele (petéquias)
Por último, o Dr. José Israel destaca a importância de que cuidadores de idosos e crianças estejam vigilantes em relação aos sintomas e busquem imediatamente assistência médica caso alguma destas pessoas manifeste algum desses sinais. A meningite pode evoluir rapidamente, sobretudo em pacientes jovens ou idosos, exigindo tratamento imediato. Portanto, a prontidão é essencial.