O governador Marconi Perillo teve a primeira reunião do ano com a equipe econômica do governo para traçar o planejamento e o orçamento para 2017, principalmente os cortes de despesas e a execução do Programa de Austeridade pelo Crescimento do Estado de Goiás. Marconi se reuniu no Palácio das Esmeraldas com o secretário da Fazenda, Fernando Navarrete, secretário de Gestão e Planejamento, Joaquim Mesquita, e auxiliares da equipe econômica.
“Estamos analisando com lupa tudo o que podemos cortar de despesas, o que são despesas essenciais, e como é que vamos nos comportar enquanto governo para que no exercício de 2017 nós não tenhamos qualquer tipo de susto por conta da crise econômica e dos problemas que são de outros matizes”, afirmou, em entrevista à imprensa. Ele disse que faria durante toda a tarde uma avaliação global com sua equipe de todo o exercício de 2016, incluindo os restos a pagar e os avanços obtidos ao longo do ano em razão do ajuste fiscal que teve início no final de 2014.
Leia Também
“Fazemos agora um rigoroso planejamento para a execução do orçamento deste ano de 2017. Nosso objetivo é perseguirmos cada vez mais uma sustentabilidade do compasso das nossas finanças, e também no ajuste fiscal. Nós conseguimos cumprir o ajuste fiscal acima da média dos outros estados em 2016; já tínhamos tido êxito em 2015, e agora nosso objetivo é melhorar ainda mais a nossa posição em 2017 com recursos para investimentos em obras estratégicas”, disse, lembrando que o governo utilizará recursos da privatização da Celg em obras prioritárias na infraestrutura e também nas áreas de Saúde, Segurança Pública, Habitação e Educação, fundamentalmente. “Mas a prioridade é concluir obras importantes nessas áreas”, pontuou.
Marconi afirmou ainda que a estimativa é de que o orçamento para este ano não seja muito diferente do de 2016, porque não há previsão de crescimento significativo do Produto Interno Bruto (PIB). Se houver crescimento, conforme sublinhou, será de 0,5%. Ele informou que o orçamento previsto gira em torno de R$ 25 bilhões. “Agora, avaliando as receitas a menos que nós vamos ter por conta da Celg, por exemplo, por conta da diminuição da tarifa, avaliando devoluções que nós vamos ter que fazer por conta de adiantamentos do Produzir; e considerando adicionais e receitas que teremos, a previsão é que tenhamos uma receita nominal de aproximadamente 4% positiva. Ou seja, é uma receita abaixo da inflação. Não teremos por enquanto um aumento de receita real. Teremos um aumento nominal de 4%, e isso é pouco. Por isso é que estamos debruçados para ver onde vamos conseguir recursos para as despesas que estão previstas no orçamento para 2017”, ressaltou.