PUBLICIDADE

Brasileiro Michael Stanton entra no Hall da Fama da Internet de 2019

Michael Stanton, brasileiro, que atuou na criação da Rede Nacional de Pesquisa - RNP ( foto divulgação)

Os participantes de 2019 são reconhecidos por contribuições ao crescimento, acesso e segurança na Internet em todo o mundo


O Hall da Fama da Internet anuncia os nomes de onze pioneiros e visionários que deram contribuições extraordinárias ao crescimento, alcance e segurança globais da Internet. Os novos indicados serão homenageados em uma cerimônia especial que será realizada hoje na capital da Costa Rica.

Vindos de todo o mundo, os indicados deste ano agora se juntam a outros astros do setor no Hall da Fama da Internet.. Eles ajudaram a moldar a Internet atual, expandindo seu alcance para novas regiões e comunidades, abrindo caminho para uma maior compreensão do funcionamento da Internet e ampliando a segurança para aumentar a confiança do usuário na rede.

PUBLICIDADE

Michael Stanton, do Brasil, a partir de agora, se junta à elite de indivíduos notáveis que foram introduzidos ao Hall da Fama da Internet por suas contribuições significativas para o avanço da Internet global.

O Hall da Fama da Internet incluiu Michael Stanton por suas contribuições em trazer a Internet ao Brasil e por sua participação no projeto e implantação de redes ópticas escaláveis na América do Sul e em suas conexões intercontinentais aos Estados Unidos, África e Europa.

PUBLICIDADE

Michael Stanton levou o governo brasileiro a construir a primeira rede nacional de pesquisa do país depois de ter iniciado uma conversa nacional sobre a necessidade disso, e também fez parte da equipe de coordenação que a criou.

Em 1987, como diretor do departamento de informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/Rio), Stanton convocou pesquisadores brasileiros de computação, ciência e engenharia, funcionários do governo e do provedor estatal de telecomunicações para discutir a construção de uma única rede nacional de pesquisa com acesso ao mundo exterior.

PUBLICIDADE

Em 1989 o governo apoiou esta iniciativa, lançando projeto para construir a Rede Nacional de Pesquisa, ou RNP (agora a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), e em 1990 Stanton ingressou na equipe de coordenação que acabaria por trazer a Internet para o Brasil em 1992.

Stanton deixou o projeto RNP em 1993 para continuar seu trabalho no desenvolvimento de redes acadêmicas, transferindo-se no ano seguinte para a Universidade Federal Fluminense em Niterói, RJ (UFF). Ele foi cedido pela UFF à RNP (agora uma Organização Social – OS) em 2002 para ser diretor de inovação.

Nesta função, chefiou a equipe que promove o desenvolvimento de novos serviços de aplicativos e tornou-se ativo no projeto e desenvolvimento de novas redes, tanto para a RNP no Brasil quanto para os parceiros internacionais da RNP, especialmente interconectando redes acadêmicas na América Latina com as dos EUA, e recentemente, com da Europa e da África.

“A Internet no Brasil começou em 1992 com a RNP, que continua a expandir e melhorar sua oferta de serviços de rede e informações para a comunidade nacional de pesquisa e educação, e estou muito feliz por ter sido incluído no Hall da Fama por minhas contribuições a este coletivo de realização”, afirma Michael.

Outros indicados de 2019 são:

Adiel Akplogan (África) contribuiu com avanços da Internet na África e é  CEO fundador do Registro Regional de Internet para África (Regional Internet Registry for Africa)

Kimberly Claffy (Estados Unidos) foi pioneira no campo de coleta, medição e análise de dados da Internet

Douglas Comer (Estados Unidos) escreveu a primeira série de livros oficiais explicando os princípios científicos do design da Internet e seus protocolos de comunicação

Elise Gerich (Estados Unidos) foi fundamental na transição do NSFNET (National Science Foundation Network – um programa americano que incentivava o desenvolvimento de pesquisa e educação) para a Internet moderna, e das funções da Internet Assigned Numbers Authority (entidade norte-americana) da administração do governo dos EUA a uma comunidade de múltiplas partes interessadas

Larry Irving (Estados Unidos) foi uma força potente por trás da identificação do Digital Divide (termo utilizado para uma lacuna em termos de acesso e uso da tecnologia da informação e comunicação) nos EUA, despertando o interesse global pela questão

Dan Lynch (Estados Unidos) promoveu a adoção de protocolos TCP / IP e desempenhou um papel fundamental no direcionamento da Internet para uma rede comercial

Jean Armour Polly (Estados Unidos) foi pioneira no acesso gratuito à Internet em bibliotecas públicas

José Soriano (Peru) foi líder em levar a Internet ao Peru e projetou um modelo replicável de “Internet pública”

Michael Stanton (Brasil) foi fundamental para trazer a Internet para o Brasil e continua participando do projeto e implantação de redes ópticas escalonáveis na América do Sul e em suas conexões intercontinentais aos Estados Unidos, África e Europa.

Klaas Wierenga (Holanda) inventou o eduroam, um serviço internacional de roaming Wi-Fi para comunidades acadêmicas e de pesquisa em mais de 100 países

Suguru Yamaguchi (Japão) foi pioneiro em pesquisa de  segurança cibernética e líder global em sua implantação; fundou a pesquisa de Internet em banda larga na Ásia-Pacífico e o projeto de rede educacional via satélite

A cerimônia deste ano marca a primeira vez que os prêmios serão realizados na América Latina desde o início do programa em 2012. A Costa Rica foi selecionada para sediar o evento pelo forte exemplo que deu ao empregar uma abordagem colaborativa à governança da Internet e pelas etapas sistemáticas que tomaram para fechar o fosso digital do país.

Categorias: Tecnologia
Altair Tavares: