Tecnologia • atualizado em 20/10/2024 às 21:48

Projeto apoiado pelo Governo de Goiás incentiva participação de meninas na ciência

Iniciativa contemplada em edital da Fapeg vai envolver mais de 100 estudantes de Iporá, no Oeste Goiano
Projeto apoiado pelo Governo de Goiás incentiva participação de meninas na ciência
Projeto apoiado pelo Governo de Goiás incentiva participação de meninas na ciência

O Governo de Goiás, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), está fomentando um projeto de extensão que visa promover a inclusão de meninas e estimular a equidade de gênero nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM). A iniciativa, conduzida por uma equipe de pesquisadoras do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) – Campus Iporá, vai envolver diretamente cerca de 110 estudantes de escolas públicas.

Segundo a coordenadora do projeto, professora Ana Karoline Silva Mendanha Valdo, do IF Goiano, o objetivo é promover uma reflexão dentro e fora do ambiente escolar sobre a importância da presença feminina na ciência. “Queremos desconstruir a ideia de que as áreas STEM são apenas para homens”, afirma a coordenadora do projeto, professora Ana Karoline Silva Mendanha Valdo, do IF Goiano.

O projeto foi selecionado por meio do edital Meninas e Mulheres em STEM (08/2024), da Fapeg, e receberá R$ 40 mil. Deste total, R$ 22.400 serão destinados ao pagamento de três bolsas – uma delas para uma estudante de graduação em Química do IF Goiano e outras duas para alunas dos ensinos fundamental e médio. “As bolsas são um incentivo para que essas meninas se vejam como futuras cientistas e se sintam motivadas a seguir a carreira acadêmica nas áreas STEM”, finaliza Ana Karoline.

O edital da Fapeg faz parte de um esforço mais amplo do Governo de Goiás para promover a equidade de gênero na ciência, em consonância com outros programas, como o Goianas na Ciência e Inovação, que também conta com o apoio da Fapeg e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).

Etapas
O projeto do IF Goiano será desenvolvido em quatro etapas ao longo de dois anos. As três primeiras fases consistirão em encontros nas escolas parceiras de Iporá – o Centro de Ensino em Período Integral de Aplicação e o Centro de Ensino em Período Integral Osório Raimundo de Lima. Nestes encontros, os alunos terão a oportunidade de compreender a aplicabilidade da ciência no cotidiano e participar de oficinas de química e robótica, conduzidas por mulheres cientistas.

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Na última fase, será realizada uma mostra cultural itinerante em praças e feiras da cidade, popularizando a ciência e promovendo uma “contracultura científica”, onde as mulheres ocupem o protagonismo.

Desafios
Embora a participação feminina na ciência tenha crescido no Brasil, ainda existem lacunas importantes. Um relatório da Elsevier-Bori, publicado em 2023, mostra que as mulheres representam 49% dos autores de publicações científicas no país. À medida que as cientistas avançam na carreira, no entanto, essa presença diminui significativamente. Nas áreas de STEM, a sub-representação feminina é ainda maior. Apenas 24% dos pesquisadores em engenharia, 21% em ciência da computação e 19% em matemática são mulheres.

Fotos: Fapeg


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