Justiça e Direito • atualizado em 26/01/2023 às 03:48

Credencial que pediu prisão de Alexandre de Moraes é ilegal e está sendo apurada, afirma CNJ

O documento, obviamente falso, teria sido assinado pelo próprio ministro. (Foto: reprodução)
O documento, obviamente falso, teria sido assinado pelo próprio ministro. (Foto: reprodução)

Polícia Federal investiga se houve uma invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça que pediu a prisão de Alexandre de Moraes

Um pedido de detenção está dando o que falar nesta quinta-feira (5). Uma credencial pediu a prisão de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e o pior de tudo: o documento aparece assinado por ele mesmo. Depois da descoberta, a Polícia Federal investiga se houve uma invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

“DETERMINO, por fim, a extração integral de cópias e sua imediata remessa para o Inquérito n. 4.874/DF e de todos os inquéritos de censura e perseguição política, em curso no SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL para o CNJ, a fim de que me punam exemplarmente. Diante de todo o exposto, expeça-se o competente mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L”, consta no documento, em referência ao presidente Lula (PT).

Além disso, segue escrito do falso documento, que Moraes ainda seria condenado a pagar uma multa de R$ 22,9 milhões. Sim, o mesmo valor da punição imposta ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando este propôs a ação pedindo a anulação dos votos de milhares de urnas eletrônicas, mas apenas no segundo turno das eleições de 2022. Sabe-se, até o momento, que a credencial que pediu a prisão do ministro do STF é ilegal.

O CNJ também informou que já iniciou os procedimentos para restabelecimento do sistema, o que já deve ter ocorrido, e acrescentou que também estão apurando o fato junto da PF, sob sigilo. Isso por que a situação aconteceu nesta quarta-feira (4). Os detalhes dados pelo CNJ são, inclusive, que um usuário cadastrado expediu o “mandado de prisão” contra o ministro e, por isso, o órgão restringiu acessos à plataforma.

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